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Delegado revela que arma usada para matar homem em briga de trânsito foi comprada de forma clandestina

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Suspeito se apresentou na delegacia e relatou briga de trânsito que resultou em morte  |   Bnews - Divulgação Reprodução/BNews/Redes sociais

Publicado em 17/11/2023, às 21h06   Marcos Valentim e Victória Valentina


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Um dentista de 40 anos, acusado de matar o metalúrgico Jacivaldo Pereira Gomes, 44, durante uma briga de trânsito em Feira de Santana (BA), compareceu ao Complexo do Sobradinho, na Região Metropolitana de Salvador, acompanhado do advogado nesta sexta-feira (17). O caso aconteceu na última quarta-feira (15) e as duas filhas da vítima, uma de 24 e outra de 8 anos, além do neto de 2, presenciaram o crime.

Conforme informações obtidas pelo BNews e relatadas pelo delegado Gustavo Couinho, o suspeito compareceu à delegacia e narrou o acontecido. O odontólogo afirmou que estava a caminho de uma missa. Ao parar na sinaleira, um carro chocou em seu veículo. Ele desceu do veículo e iniciou uma discussão com Jacivaldo. Ainda de acordo com o acusado, a vítima partiu para cima dele e o ameaçou.

"Jocival argumentou que não havia acontecido nada, nenhum dano, e que não precisava ficar alterado. Com isso, os ânimos foram se alterando, até o momento que suspeito foi até seu veículo, voltou em posse de uma pistola e apontou para a vítima. Ainda assim, alegou que a vítima ficou ameaçando e incitando ele, e fez um disparo de arma de fogo que atingiu a virilha", contou Gustavo Coutinho

Ainda segundo o delegado, o acusado afirmou que agiu em legítima defesa. A filha mais velha de Jocivaldo relatou que pediu para que o suspeito não atirasse. "Vamos ouvir os familiares da vítima e testemunhas, e se tiverem elementos, vamos pedir a prisão preventiva dele no início da semana. Vamos analisar todos os fatos para saber qual é a versão verdadeira, o que realmente aconteceu, e usar como base para a representar pela prisão preventiva pelo autor", disse.

O delegado Gustavo Coutinho revelou ainda que a pistola utilizada no crime foi comprada clandestinamente, uma vez que o acusado não tem porte de arma "Ele poderia ter evitado esse disparo, poderia ter entrado no veículo e saído do local. Isso é coisa de momento, ânimos exaltados, nervoso, mas acredito que poderia ter evitado. Ele não tem porte de arma, afirmou que comprou a pistola .380 de forma clandestina, e já foi apresentada por ele."

"Ele se apresentou espontaneamente com o advogado, tem profissão, é dentista há 14 anos aqui na cidade, não possui nenhuma passagem, entregou a arma e se colocou à disposição para prestar qualquer tipo de esclarecimento, dessa forma pesou ele não ser preso nesse primeiro momento. Assim que tivermos as imagens das câmeras, forem ouvidas as outras testemunhas e que for esclarecido que ele não agiu por legítima defesa e que poderia ter evitado o disparo, aí sim podemos representar pela prisão preventiva dele e esperar que o Poder Judiciário se manifeste", finalizou o delegado Gustavo Coutinho.

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