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Duas pacientes teriam sido violentadas em 48 horas dentro de hospital psiquiátrico na Bahia; instituição vai abrir sindicância

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Uma das pacientes é uma adolescente e teria sido abusada por outro interno, enquanto que a outra pode ter sido violentada por um funcionário  |   Bnews - Divulgação Google Maps
Letícia Rastelly

por Letícia Rastelly

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Publicado em 23/09/2022, às 05h50


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Duas pacientes do Hospital Psiquiátrico Nossa Senhora de Fátima, localizado na cidade de Juazeiro, na região do São Francisco, a cerca de 500km de Salvador, podem ter sido abusadas sexualmente no intervalo de 48 horas, dentro da instituição.

A denúncia, feita por colaboradores da unidade de saúde, indica que uma interna teria sido violentada por um funcionário, no dia 14, e, posteriormente, no dia 16, uma adolescente também teria sido vítima do mesmo crime, só que desta vez praticado por um interno. As denúncias foram publicadas na quinta-feira (22), pelo site Preto no Branco.

Um dos trabalhadores do hospital, que preferiu não se identificar, contou ao BNews que a possível vítima do funcionário relatou o ocorrido para diversas pessoas alguns dias após o crime, enquanto que na situação envolvendo um dos internos, a descoberta ocorreu logo após o estupro, mas também foi algo que rapidamente se espalhou entre pacientes e colaboradores.

O funcionário acusado de estupro também teria revelado o crime para alguns colegas, relatando que levou a vítima para um dos quartos da ala feminina, onde a teria violentado. Já no caso do interno, há a possibilidade de um descuido entre trocas de plantão dos colaboradores ter facilitado o acesso do paciente que agarrou a adolescente pelo braço e a puxou até a ala masculina.

Apesar da informação ter circulado pelos corredores do hospital, a direção da unidade de saúde disse desconhecer a situação até o final desta tarde, quando a denúncia foi veiculada. “Soubemos por meio do site, jentre às 16h e 17h, e a partir daí nos reunimos para definir o que seria feito. Ficamos realmente surpresos, mas tudo que está ao alcance da unidade pode e será feito”, contou a advogado da instituição, Daniel Brito.

“Nós vamos abrir uma sindicância. Criaremos uma comissão para apurar as responsabilidades e, sejam quais foram os funcionários que possam estar envolvidos, se constatado, serão demitidos por justa causa. Nesse momento, o que podemos fazer é afastar, para que a investigação transcorra sem problemas, e dar suporte as investigações criminais”, explicou o advogado, antes de informar que as vítimas já estão sendo assistidas, recebendo amparo psicossocial, e os familiares já foram informados sobre a situação.

Assim como a direção, a Polícia Civil e o Ministério Público também só foram informados sobre a denúncia por meio da imprensa, mas já relataram ao BNews que a mobilização para investigar a situação já está em andamento e deve ter desdobramentos a partir desta sexta-feira (23).

O diretor da instituição, Renan Teixeira, que está à frente do hospital há pouco mais de um ano, respondeu ao nosso contato direcionado a reportagem para a equipe de advogados. 

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