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Família de idosa invade necrotério, não aceita morte e arma confusão em hospital da BA

Reprodução/Portal do Cerrado/Google Street View
A idosa de 70 anos chegou ao hospital após sofrer um suposto AVC  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Portal do Cerrado/Google Street View

Publicado em 28/04/2023, às 09h32   Nilson Marinho


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A família de uma idosa de 70 anos dada como morta por uma equipe médica arremessou objetos na quinta-feira (27) dentro do Hospital Altino Lemos Santiago, em Formosa do Rio Preto, no oeste baiano, após perceber que a familiar, que estava no necrotério da unidade de saúde, mantinha contrações musculares.

Em um vídeo gravado por pacientes e compartilhado nas redes sociais é possível ouvir os gritos dos parentes em um dos corredores do hospital. É possível ver também que uma mulher arremessa uma lixeira. Os familiares acreditavam que a idosa ainda estava respirando, embora exames médicos já tivessem comprovado sua morte, como afirmou a prefeitura da cidade por meio de nota.

A gestão também informou que a paciente foi internada no hospital na terça (25) com a suspeita de ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A idosa era portadora de Doença de Chagas, hipertensa e com histórico de Cirurgia Exploratória Digestiva e teria tido uma piora no quadro de saúde na quarta (26). A morte dela foi constatada na manhã de quinta.

Confusão

Ainda segundo a prefeitura de Formosa do Rio Preto, após serem informados da morte da paciente, familiares foram até o necrotério sem autorização. No local, eles teriam visto as contrações musculares e acreditado que a idosa ainda estava viva e respirando.

“Imediatamente a equipe informou ser comum ocorrer contrações involuntárias após a morte, pois esse fenômeno pós-morte pode ser caracterizado porque as células morrem gradativamente e assim há contrações involuntárias dos músculos. Mesmo assim, sem existir qualquer dúvida sobre o óbito, a equipe médica, a pedido da família, realizou novos exames constatando o mesmo resultado”, diz trecho do comunicado.

Por fim, a gestão lamentou a morte da paciente e repudiou "veementemente os atos de vandalismo praticados no interior do hospital, que atingiram fisicamente profissionais e, sobretudo, abalaram emocionalmente os pacientes internados”.

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