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Jovem de 200 kg pede ajuda para perder peso

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Gerlei Araújo luta contra a obesidade há 11 anos e faz apelo para conseguir manter sua dieta e realizar uma polissonografia para perder peso  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Pixabay

Publicado em 15/11/2022, às 14h47   Cadastrado por Lorena Abreu


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Aos 22 anos, o jovem Gerlei Santos Araújo, morador do povoado de Areias, localizado na Estrada do Feijão, na BA-052, sofre com um problema de saúde que assola milhões de brasileiros: a obesidade.

Segundo apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais anos de idade no Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas.

Já o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.

“Hoje estou pesando 200 kg, e estou precisando perder 40 kg para poder fazer a cirurgia bariátrica. Essa foi a meta estabelecida pelo cirurgião. Desde os 11 anos que venho lutando contra a balança. E há 11 anos estou nesta situação, sofrendo com a obesidade, e estou precisando agora perder 40 kg em três meses para poder fazer esse procedimento,” contou Gerlei ao site Acorda Cidade.

Gerlei disse que não sabe explicar exatamente, a causa do seu aumento de peso. “Eu tive um ganho de peso muito repentino, em um curto espaço de tempo. De repente, fiquei com bastante sobrepeso. Eu achei, no início, que seria fácil reverter, mas quando vieram as dores nas articulações e comecei a ter muita fadiga respiratória, eu me vi numa situação que cada dia foi se agravando mais e mais,” relatou.

O jovem que já concluiu seus estudos não tem como trabalhar e nem realizar longas caminhadas, por conta do sobrepeso. “A maior dificuldade que eu tenho é para fazer exercícios, pois sinto muito cansaço e muitas dores nas articulações. Eu fui alertado pelo médico que devido às dores que eu estava sentindo, que o risco de contusão, neste peso que estou, é muito grande. Então ele pediu que eu não fizesse longas caminhadas, em lugares com imperfeições irregulares. Na minha rotina do dia a dia, sou uma pessoa completamente parada, porque não posso fazer caminhada para longe. A caminhada que eu faço é dentro de casa mesmo e no terreno. Aqui não tem um local adequado para fazer uma caminhada. E para a pessoa fazer, tem que ter um transporte, para chegar nos locais adequados,” comentou.

Ainda segundo informações do site Acorda Cidade, Gerlei relatou que foi encaminhado pela Secretaria de Saúde de Anguera para o Hospital Municipal de Salvador e recebeu solicitações de exames que ainda não conseguiu realizar. “Passei pela consulta com psicólogo, nutricionista, endócrino e cirurgião. Cada um solicitou exames e a nutricionista passou a dieta e agora tenho que fazer esses exames para retornar lá. Eles pediram exames para saber o que me fez ganhar peso muito rápido e dizer também, porque eu tenho essa dificuldade em perder peso,” explicou.

Conforme informou o jovem, o Hospital Municipal de Salvador vai realizar essa cirurgia, que é pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas antes ele precisa perder peso. “Segundo as orientações que a nutricionista me passou na dieta, ela falou que é possível perder esses 40 kg. A dieta segue várias etapas, foi estabelecido os horários e os alimentos. O que estou precisando no momento é de ajuda para poder manter a minha dieta e também uma ajuda para fazer um exame, que não é realizado pelo SUS, que é uma polissonografia, exame do sono. Custa em torno de R$ 1.000, é feito em Feira de Santana,” contou.

Sobre os alimentos, Gerlei destacou que são produtos que não são fáceis de encontrar e que não possui recursos para arcar com a dieta. “A pessoa tem que suprir essa alimentação durante todo esse período, e não tem como uma pessoa ir de uma alimentação normal, para uma dieta rigorosa como esta sem ter recursos. Peço ajuda também para quem puder me ajudar a conseguir uma esteira ou uma bicicleta para exercícios; também um colchão e uma cama, porque a minha já não suporta mais o meu peso e está escorada. À noite sinto muitas dores nas costas devido ao estado do meu colchão e isso dificulta muito a minha coluna,” disse.

Gerlei Araújo não tem problemas cardíacos, nem diabetes, mas sente cansaço. O jovem disse ao Acorda Cidade que há 8 anos está tentando conseguir atendimento pelo SUS. “O SUS sempre me deu atenção devida, mas sabemos que tem muita burocracia, e só agora foi que deu esse segundo passo, que consegui acompanhamento médico e a consulta,” descreveu

A mãe de Gerlei, Edna Ferreira dos Santos Araújo, 43 anos, destacou que não tem condições de bancar a dieta do filho. “Estou comprando o que eu posso, mas o que ele precisa mesmo, não estou em condições de comprar. E o que ele precisa é a cama dele, pois sente muitas dores nas costas, os pés só andam inchados, devido ao jeito também que ele dorme. E além da dieta, o que ele mais está precisando é a cama,” indicou.

A mãe do jovem informou ao Acorda Cidade que sobrevive com o auxílio do governo. “Além dele, tenho mais duas meninas, uma tem 19 anos e a outra tem 21. Eu sobrevivo com o auxílio do governo de R$ 600. É o único dinheiro para manter tudo. Sou viúva há dois anos, e a pensão está na Justiça, porque veio negado já duas vezes. Não tenho condições, compro o que eu posso da dieta, já tem dois dias que está precisando, porque já tá em falta, e não tô tendo para dar a ele,” concluiu.

Quem puder ajudar com doações de alimentos, colchão, cama, equipamentos ou dinheiro, pode entrar em contato com Gerlei Santos Araújo pelo número: (75) 99824-3506.

Classificação Indicativa: Livre

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