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Ministério Público aciona cidade baiana; saiba motivo

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O promotor do Ministério Público ressaltou que, em diversas oportunidades, o serviço de saúde da cidade foi afetado negativamente  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 27/07/2023, às 12h35   Cadastrado por Edvaldo Sales


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Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, foi acionada pelo Ministério Público estadual (MP-BA), por meio do promotor de Justiça Audo da Silva Rodrigues, nesta quinta-feira (27).

O promotor pediu que a Justiça determine ao município que adote as medidas necessárias para manter a regularidade e continuidade dos atendimentos prestados pelas unidades de saúde da rede pública municipal, sobretudo aquelas submetidas à gestão compartilhada com o setor privado, mediante termos de colaboração.

Ainda, que se imponha a utilização de todos os mecanismos legais e contratuais cabíveis para evitar, prontamente, quaisquer restrições, suspensões ou interrupções nos atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o MP-BA, a ação levou em consideração o fato de que Feira de Santana optou por conceder o gerenciamento compartilhado de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), policlínicas e Unidades Básicas de Saúde a particulares.

O promotor destacou que, para a gestão compartilhada, se exige que o município fiscalize a observância dos contratos, garantindo o atendimento da população.

“No entanto, verifica-se evidente deficiência no exercício da função de controle”, pontuou Audo Rodrigues, explicando que a ineficiência da fiscalização resultou na má prestação do atendimento destinado à população na execução dos termos de colaboração.

Além disso, o promotor de Justiça ressaltou que, em diversas oportunidades, o serviço de saúde municipal foi afetado negativamente, tendo resultado em restrição de atendimento e mesmo na paralisação das atividades dos profissionais de saúde, que chegaram a realizar uma greve por atraso do pagamento do décimo terceiro salário relativo ao ano de 2022. As paralisações voltaram a se repetir em março e em julho deste ano por atraso e falta de pagamento dos salários.

Ademais, Audo Rodrigues lembrou na ação que em todas as ocasiões em que os fatos foram levados ao Ministério Público, a Promotoria de Justiça adotou medidas administrativas que, na oportunidade, mostraram-se suficientes para a retomada regular do serviço.

Porém, considerando a recorrência das adversidades, sobretudo levando em conta as mais recentes restrições de atendimentos em UPAs e policlínicas, interferindo, inclusive no atendimento prestado pela UPA 24 horas do Hospital Geral Clériston Andrade, o promotor de Justiça constatou que o problema do mau atendimento é “sistêmico, demandando o ajuizamento da ação judicial. 

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