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VÍDEO: Funcionário de hotel para pets usa método controverso para conter latidos de cachorro

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Funcionário de hotel foi visto tentando controlar o animal e faz uso da água para tentar acalmar o cão  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Vídeo
Maria Clara

por Maria Clara

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Publicado em 23/11/2022, às 22h21 - Atualizado às 22h21


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O BNEWS recebeu uma denúncia sobre uma prática de jogar água em um cão para tentar conter os latidos. O método controverso foi adotado por um funcionário de um hotel para pets, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. O caso ocorreu nesta terça-feira (22). No vídeo, o homem aponta um rodo e joga água no animal. Procurado pela reportagem do BNews, o estabelecimento informou que o animal pertence a um dos proprietários do hotel e que aquela atitude era apenas para "cercear os latidos".
Nas imagens, é possível ver o homem tentando passar um cabo do que parece ser do rodo através da grade, para silenciar o animal. Em seguida, ele pega uma vasilha cheia de água e joga no cachorro. Em outros momentos, entra no local onde onde o cão está e parece brigar com o animal. 
Com isso, o BNews procurou um especialista a respeito do assunto, para entender melhor se esse tipo de comportamento seria realmente eficiente para controlar os latidos. Em entrevista ao BNews, o médico-veterinário Fernado Oliveira explicou que existem animais "dominadores e dominados" e, com isso, alguns deles vão preferir evitar o máximo de confronto corporal possível. Então, o "mais forte" tenta mostrar uma certa autoridade, evidenciando sua força física e inteligência. "Jogar a água, ou jogar algum objeto, vai agir como uma forma de impacto. Isso resolve? Resolve. Mas não sei se tem tanta eficiência", afirmou.
Em conversa com o BNews, a secretária Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), defensora da causa animal e especialista em comportamento de pets, Marcelle Moraes, explicou que a prática de jogar água ou arremessar um objeto para acalmar o cão não é a mais indicada e pode sim configurar maus tratos. Segundo ela, existem estudos de comportamento para domínio do bicho que dispensam qualquer tipo de conduta agressiva. "Está errado, com certeza não é a melhor forma. Água assusta e jogar objetos também", afirma Moraes.
Ainda de acordo com a secretária, a postura adotada pelo funcionário estressa ainda mais o animal. "Essa agressividade é de alguém sem o menor preparo para receber um animal como hospedaria. Jamais deixaria meu cão num lugar como esse", disse Moraes, destacando que a avaliação sobre maus tratos vai depender da apreciação de cada juiz ao avaliar a denúncia. 
Assista ao momento em que a água é jogada no cão:

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