Trabalhadores da Arena Fonte Nova fazem solicitações

Apesar da tensão da possibilidade de uma greve e de consequentes atrasos na construção da Arena Fonte Nova, não houve indicativo de paralisação após a assembleia promovida pelo Sindicato dosTrabalhadores da Construção Pesada da Bahia (Sintepav), nesta quarta-feira (24), no canteiro de obras da Arena. O encontro, contudo, gerou solicitações dos trabalhadores à Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), empresa responsável pelo empreendimento.

Segundo o presidente do Sintepav, Adalberto Galvão, o encontro foi proveitoso para os trabalhadores. Foi explicado a eles os motivos do não pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), programado para agosto, mas que por um dispositivo legal só poderá ser efetuado no dia 20 de setembro.

Além disso, foi também ponderada a legalidade do Consórcio controlar a entrada e saída de trabalhadores do canteiro de obras durante o horário de almoço (uma queixa dos funcionários). O sindicato entende que a medida visa a segurança e a saúde de todos que estão no empreendimento e não deve ser contestada pelos trabalhadores. Aprovou-se também que a assistência médica seguirá em negociação entre os sindicatos dos empregados e patronal.

As demandas dos trabalhadores são as seguintes: reclassificação das funções (com pagamento proporcional à atividade produzida); melhoria da alimentação (qualidade e cardápios alternativos); instauração de um comitê de relação de trabalho; não punição de atrasos com a não entrada e a possibilidade de compensação com horas a serem trabalhadas em horários alternativos; alteração do valor da cesta básica de R$ 130 para R$ 160.

As solicitações serão debatidas e negociadas entre Sintepav e FNP até o final da próxima quarta-feira, 31. Na quinta-feira, 1º de setembro, uma nova assembleia discutirá os resultados das negociações para tomar um próximo passo em relação a uma possível greve ou ao fim das demandas dos trabalhadores.

“O que buscamos é um consenso. Sabemos da importância que tem o cronograma desta obra e entendemos que chegaremos certamente a um denominador comum”, disse Galvão, esperançoso de que os pedidos serão atendidos pela FNP.