Coronavírus

50 dias após 1º caso de Covid-19 no Brasil, Ministério da Defesa decreta normas para evitar contágio de militares

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Grupos de risco poderão trabalhar remotamente e servidores devem seguir medidas de higienização, com base na OMS  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 17/04/2020, às 08h40   Luiz Felipe Fernandez


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50 dias após o primeiro caso confirmado de Covid-19 no Brasil, o Ministério da Defesa decretou uma instrução normativa para estabelecer procedimentos que devem ser adotados por servidores e militares que trabalham na pasta, para prevenção contra o vírus.

Entre as medidas listadas no decreto publicado nesta sexta-feira (17), no Diário Oficial da União, está a determinação de que os grupos considerados mais vulneráveis à doença, possam trabalhar remotamente. 

Além de idosos e portadores de doenças crônicas, os servidores que podem cumprir a carga horária em regime de "teletrabalho" são os que tenham apresentado sintomas da Covid-19, ou aqueles que moram com algum familiar que tenha manifestado. Também estão na lista os que tem filhos até 12 anos em locais com aulas suspensas, ou que residam com pessoas com necessidades especiais ou outras patologias.

Orientações para a higienização pessoal e, principalmente, do ambiente de trabalho, como a lavagens constante das mãos e o uso de álcool em gel, também foram incluídas no decreto, que segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), de manter distância entre as pessoa e evitar ambientes que facilitem a aglomeração. 

A instrução normativa é publicada um dia após a demissão do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, que foi substituído pelo médico oncologista Nestor Teich, o que pode ser visto como uma tentativa de Jair Bolsonaro de tocar a agenda governista de retomar o comércio e demais atividades. A expectativa para os próximos dias é de que o Governo Federal tente promover o relaxamento da quarentana no país.

As novas regras seguem o documento do Centro Estudos Estratégicos do Exército (CEEX), publicado no início deste mês, que defendia o isolamento social e a testagem em massa da população como mecanimos de enfrentamento do coronavírus.  O estudo, no entanto, foi retirado do ar após a repercussão da matéria do O Globo que trazia o conteúdo da pesquisa que contrariava o discurso do próprio presidente da República.

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