Coronavírus

"Não é hora de falarmos sobre política", diz Neto sobre eventual filiação de Moro ao DEM

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"E eu nem estou falando de 2020 - a eleição que está aí se avizinhando. Agora, o nosso foco total e absoluto tem que ser o enfrentamento ao coronavírus", acrescentou   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 27/04/2020, às 11h59   Luiz Felipe Fernadez e Marcos Maia



Questionado sobre se o ex-ministro da Justiça, e possível presidenciável em 2022, Sergio Moro, poderia encontrar abrigo partidário no DEM, o prefeito ACM Neto ponderou nesta segunda-feira (27) que não é o momento de tratar sobre disputas eleitorais. 

"Não é hora de falarmos sobre política, não é hora de falarmos de eleição. E eu nem estou falando de 2020 - a eleição que está se avizinhando. Agora, o nosso foco total e absoluto tem que ser o enfrentamento ao coronavírus", opinou. O prefeito participou nesta manhã da entrega de cestas básicas do projeto Salvador por Todos.  

O presidente da DEM voltou a elogiar o trabalho de Moro no "combate a corrupção no País", e opinou que valores associados à ética e moralidade são qualidades ainda mais requisitadas pela população. Já sobre uma eventual saída do ministro Paulo Guedes da pasta da Economia, Neto disse que espera que o economista siga no posto.

"Havia uma perspectiva econômica para o país que foi inteiramente comprometida pelo coronavírus. Seria um ano de crescimento. Será um ano de recessão. Haverá uma queda significativa no PIB de 2020", prevê. A retomada do país, e a perspectiva de superação, dependem da cooperação entre prefeitos, governadores, Congresso e Governo Federal.  

De acordo com o Boletim Focus, produzido pelo Banco Centra, e divulgado nesta manhã, analistas do mercado reduziram a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020 pela 11ª semana seguida. A retração prevista, que na semana passada era de 2,96%, passou para 3,34%.

O democrata também avaliou que é natural que tanto o Congresso, quanto o Governo Federal, exija contrapartidas de estados e municípios para implantar medidas que busquem mitigar a queda de arrecadação dos impostos. Na avaliação dele é o momento de conter os gastos e não esperar que a União cubra todas as despesas - embora reconheça que este último é o “elo mais forte” da cadeia.

"Este ano, eu estava preparando para anunciar um bom reajuste para os servidores. Obvio que, na conclusão do mandato, deixar isso para os servidores seria extraordinário. Eu tinha organizado as contas para isso, mas não será possível, infelizmente", lamentou.

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