Coronavírus

Hidroxicloroquina não reduz mortes ou intubação, mostra estudo

Marcelo Casal/Agencia Brasil
Pesquisa foi feita com mais de mil pacientes  |   Bnews - Divulgação Marcelo Casal/Agencia Brasil

Publicado em 09/05/2020, às 15h55   Redação Bnews


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Um estudo publicado por um dos principais periódicos científicos do mundo, o The New England Journal of Medicine, mostrou que a hidroxicloroquina não tem eficácia para redução de mortes ou para impedir intubação de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

O estudo, que foi feito sem  intervenções em pacientes, analisou informações de 1.376 pessoas contaminadas que tinham sido tratados no Hospital Presbiteriano de Nova York entre 7 de março e 8 de abril (com acompanhamento até 25 de abril).

Os pacientes poderiam receber uma dose de 600 mg de hidroxicloroquina no dia 1, seguido por doses diárias de 400 mg por quatro dias. Outra opção terapêutica era associação de hidroxicloroquina e azitromicina, com uma dose inicial da segunda de 500 mg e de 250 mg nos quatro dias seguintes.

Entre os 1.376 pacientes que tiveram do dados analisados, 811 receberam hidroxicloroquina e 565 não. A maior parte das pessoas que tiveram os dados analisados começou a receber a medicação em até 48 horas após a hospitalização.

Após cerca de 22 dias, 346 pacientes morreram ou foram intubados. No fim do estudo, 232 pacientes tinham morrido, 1025 sobreviveram e receberam alta hospitalar, e outros 119 permaneciam hospitalizados. Segundo os pesquisadores, a análise dos dados estatisticamente não aponta benefícios no uso da hidroxicloroquina para os parâmetros observados, ou seja, a morte ou a intubação.

Classificação Indicativa: Livre

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