Suíca vê "racismo" em caso de trabalhadores que lavaram ambulância na Barra

O vereador Luiz Carlos Suíca (PT), ligado ao Sindilimp-BA, defendeu os trabalhadores de limpeza urbana de Salvador, que lavaram uma ambulância do município, na Barra, em frente ao Hospital Espanhol, no último domingo (21). O edil disse que "não vai aceitar pressão" para penalizar, que as críticas são "descabidas" e que vai cobrar do sindicato retaliação caso alguém seja punido. Ele considerou a polêmica como "racista" e disse que "os garis agiram corretamente".

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"Precisa apurar os fatos antes de sacrificar trabalhador, se fosse em Pernambués não teria isso. Mas foi na Barra, e o vídeo é do alto, do alto da cobertura e de frente para o mar. Quem sabe o que os garis e as margaridas passam somos nós. Eles estão cotidianamente na linha de frente. Deveriam agradecer por eles fazerem essas ações, que não são de sua competência, mas que fazem para gerar ainda mais saúde para a população", vociferou.

"É que tem gente que gosta mesmo é de fazer presepada. Isso é porque os trabalhadores são negros. Querem perpetuar o racismo do alto de suas coberturas, sem saber o que acontece na linha de frente. Mas quando é no carnaval sabem colocar o gari em cima do trio para demonstrar a falsidade", completou.

Entenda o caso

Conforme já informado pelo BNews, o protocolo de desinfecção de ambulâncias adotado pelo município de Salvador aponta que o serviço deve ser feito em um lugar reservado especificamente para isso e com a utilização de hipoclorito. Na capital baiana, isso acontece na central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). 

A Limpurb informou que a empresa que presta o serviço para o município não tem autorização nem recomendação para lavar nenhuma ambulância. “Este equipamento é utilizado para lavar vias públicas. Tomaremos as medidas cabíveis”, afirmou o órgão.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que está apurando as circunstâncias que levaram o condutor da ambulância a solicitar que um caminhão da Limpurb jogasse água no veículo. “Cabe ressaltar que esta não é uma atitude adequada e as cenas não evidenciam um processo de desinfecção, que utiliza técnicas e produtos específicos. Vale ressaltar que a atitude não apresenta riscos de disseminação da Covid-19”, alegou a Sesab.

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