Veja detalhes dos candidatos baianos com patrimônio acima de R$ 300 mil e que receberam auxílio emergencial

Com patrimônio acima de R$ 300 mil registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral, 610 candidatos baianos às eleições deste ano receberam, ao menos, uma parcela do auxílio emergencial pago pela Caixa Econômica Federal (CEF) durante a pandemia da Covid-19. Na corrida por prefeituras foram 33 postulantes ao cargo máximo do executivo municipal.

O candidato à Câmara Municipal de Maragogipe, Carlos Alberto Caldas, o Gege (Psol), o declarou o maior patrimônio junto à Justiça Eleitoral, de R$ 120,1 milhões, e, mesmo assim, integra a lista divulgada, nesta sexta-feira (6), pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como um dos políticos inscritos para o recebimento do auxílio. Apesar de ter tido o pedido de candidatura deferido, Gege renunciou à inscrição e não vai mais disputar as eleições.

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O BNews analisou todos os nomes dos 610 candidatos baianos, além da lista completa do TCU, na manhã deste domingo (8). Na Bahia, foram 33 candidatos a prefeito, 44 a vice e 533 a vereador que receberam o benefício, sendo que já houve a suspensão de todos os pagamentos.

Com segundo maior patrimônio declarado e que faz parte da lista de beneficiários do auxílio emergencial está Edivaldo dos Santos, o Edy da Vila (PT), candidato a vereador em Ibicaraí, com bens no montante de R$ 50 milhões, seguido de Orlando (PL), que concorre a uma vaga no legislativo de Camaçari e registrou patrimônio avaliado em R$ 15 milhões, segundo dados divulgados pelo TCU.

Executivo municipal
Na lista dos candidatos a prefeituras da Bahia a primeira colocação em relação ao valor dos bens registrados fica com Marquinho de Jota (PSD), que concorria em Jucuruçu, mas teve a candidatura indeferida após recurso. Ele disse ao TSE que possuía patrimônio avaliados em R$ 7,5 milhões e, mesmo assim, fez a solicitação junto à CEF de auxílio emergencial residual no valor de R$ 300.

Em seguida está Santo e Santos (Rede), de Catu, com bens avaliados em R$ 2,5 milhões e solicitação de auxílio emergencial no valor de R$ 600, à frente de Deivson Preto Oliveira (DC), de Candeias, que tem registrado bens no montante de R$ 1,4 milhão e aparece na lista do TCU como um dos solicitantes ao auxílio residual de R$ 300.

Vice
Já na lista dos postulantes a vice-prefeito na Bahia e que receberam, ao menos, uma parcela do auxílio emergencial na pandemia quem lidera com maior patrimônio é Corcino Almeida, o Netão (PP), na cidade de Baianópolis, com bens avaliados em R$ 2 milhões, tecnicamente empatado com Romilson Martins (PT), de Mirangaba.

Atrás deles estão, também com mesmo valor em bens, Moquim de Demócrito (Patriota), em Cocos, e Edinho do Maracujá (PT), em Mirante, ambos com R$ 1,6 milhão em bens declarados.

Brasil
Já no cenário nacional, três candidatos, todos concorrentes a uma cadeira no legislativo municipal, integram a lista de beneficiários do auxílio emergencial e, ao mesmo tempos, registraram perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) patrimônio superior a R$ 1 bilhão: Eugenio Mascarenhas, em Paracatu (MG); Raquel Martins, em Iguatemi (MS); e Neuza dos Reis, da cidade de Santarém (PA).

De acordo com o ministro do TCU, Bruno Dantas, no país, 10.724 mil candidatos aparecem na lista, que cruzou informações do INSS e do TSE. Além disso, foi constatado que 1.320 candidatos cujo patrimônio soma mais de R$ 1 milhão foram agraciados com o benefício.

O TCU ainda informou que os resultados do cruzamento são apenas indícios de renda incompatível com o auxílio, já que há risco de erro de preenchimento pelo candidato, risco de fraudes estruturadas com dados de terceiros, entre outras possibilidades. O tribunal acrescentou que somente o Ministério da Cidadania poderá confirmar se o pagamento é indevido e somente o TSE poderá confirmar eventuais crimes eleitorais.

Veja os 10 municípios baianos com maior número de candidatos beneficiários: