Coronavírus

TCU aponta ilegalidade em uso de dinheiro do SUS para distribuir cloroquina

Tânia Rêgo/Agência Brasil
A pasta também deve explicar ao órgão quem foi o responsável por colocar no ar um aplicativo, o TratCOV  |   Bnews - Divulgação Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 26/01/2021, às 15h59   Redação Bnews


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O Tribunal de Contas da União apontou ilegalidade no uso de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS)  para o fornecimento de cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes com Covid-19 e determinou que o Ministério da Saúde se explique em até cinco dias úteis. Os medicamentos, que não tem comprovação de eficácia contra à doença, fazem parte de uma política estabelecida pela gestão do general da ativa Eduardo Pazuello. 

A pasta também deve explicar ao TCU quem foi o responsável por colocar no ar um aplicativo, o TratCOV, que orientava o uso dos medicamentos. O Ministério Público Federal (MPF) pediu explicações ao Ministério da Saúde, por meio de um ofício, sobre o uso do aplicativo retirado do ar na última quinta-feira, dia 21. 

“Como não houve manifestação da Anvisa acerca da possibilidade de se utilizar os medicamentos à base de cloroquina para tratamento da Covid-19 e tampouco dos órgãos internacionais antes mencionados (as ‘Anvisas’ de outros países), verifica-se não haver amparo legal para a utilização de recursos do SUS para o fornecimento desses medicamentos com essa finalidade”, cita o documento emitido pelo órgão.

Às véspera do colapso na área da Saúde em Manaus, Pazuello permitiu o despacho de 120 mil unidades de hidroxicloroquina para tratamento de vítimas infectadas pelo o vírus e que estavam em tratamento na capital manauara. 

Pazuello já é formalmente investigado a pedido pela Procuradoria-Geral da República por suspeita de prática de crimes, em razão da falta de oxigênio na cidade. Ele precisará prestar depoimento à Polícia Federal.

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