Coronavírus

“Se a Anvisa aprovar, vamos comprar”, diz Bolsonaro sobre vacina russa Sputnik V

Isac Nóbrega/PR
A Bahia já tem um contrato de prioridade para recebimento de até 50 milhões de doses da vacina  |   Bnews - Divulgação Isac Nóbrega/PR

Publicado em 30/01/2021, às 16h06   Redação Bnews


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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, neste sábado (30), que comprará a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Rússia quando ela for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

A Bahia já tem um contrato de prioridade para recebimento de até 50 milhões de doses da vacina Sputnik V e aguarda uma resposta da agência reguladora que, a princípio, só pode conceder permissão emergencial para imunizantes registrados pelas agências dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, da China ou do Reino Unido.

No momento, ela aguarda a apresentação dos dados e estudos de eficácia e segurança da vacina. “Tem um cheque meu de R$ 20 bilhões assinado lá em dezembro para comprar esse material”, disse o presidente, em referência a medida provisória que garantia recursos para a compra de imunizantes. “Se a Anvisa aprovar, vamos comprar”, completou. 

Crítica

O governador Rui Costa (PT) criticou o processo de permissão para o uso de doses da vacina durante entrevista à rádio CBN SP na noite da terça-feira (26). “Infelizmente, a Anvisa não tem facilitado, pelo contrário, tem dificultado a oportunidade de ampliarmos o leque [de opções], uma vez que a Anvisa colocou como parâmetro a exigência de que estudos estejam sendo feitos no Brasil, ora, diferente do que o presidente da República disse recentemente, não são os laboratórios que estão desesperado querendo vender vacinas, sãos os países a população de cada um deles que estão desesperados precisando da vacina”, disse o petista.

“Ao invés de criar dificuldades, é preciso criar condições necessárias para receber vacinas de vários fabricantes, isso vale para a vacina russa e a chinesa.  Gostaria de citar um caso: temos hoje duas vacinas aprovadas na China, uma em caráter emergencial [CoronaVac], mas uma outra, da fabricante Sincofarma, que já tem aprovação definitiva por lá, ou seja, num estado bastante avançado, com todos os estudos concluídos,, não pode ser liberada no Brasil, o que mostra um paradoxo e uma falta de lógica da Anvisa”, completou.

STF

A Anvisa entregou na segunda-feira (25) as informações solicitadas pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o pedido de uso emergencial da Sputnik V, vacina contra a covid-19 desenvolvida na Rússia. Na semana passada, o ministro deu prazo de 72 horas para que a agência enviasse esclarecimentos sobre a tramitação do processo

A solicitação de informações foi motivado por um pedido do governo da Bahia, que quer autorização do STF para importar e distribuir vacinas mesmo antes da aprovação da Anvisa, desde que os imunizantes já tenham aval de autoridade sanitária estrangeira ou da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). 

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