Coronavírus

"Não temos como depender apenas da Coronavac, tem que ter outra alternativa", diz secretário Fábio Vilas-Boas

Dinaldo Silva/BNews
Entrevista do gestor ocorreu na manhã desta quinta (04)  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 04/02/2021, às 11h37   Brenda Viana


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O secretário de saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, falou que a Bahia não pode e não vai depender apenas de uma única vacina para imunizar a população. "Não tem como depender apenas da Coronavac, tem que ter outra alternativa", disse durante conversa à rádio metrópole com José Eduardo na manhã desta quinta-feira (04).

O gestor comentou que a vacina da Sputinik, que tem a eficácia de 91,6%, pode ser entregue na Bahia em até 40 dias, já pronta para iniciar a imunização. "Eu acredito que se a Anvisa usar o prazo todo dela, que são 30 dias, daqui a 40 dias a gente já tenha condições de ter alguma vacina em território brasileiro sendo comercializada".

Segundo o secretário, houve uma ameaça à Anvisa, através de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), para permitir que a Sputnik pudesse ser autorizada sem precisar de um estudo em brasileiros. "Teve a união de vários governadores do Brasil, várias entidades, como a Ordem dos Advogados (OAB), Associação de Procuradores e Defensores, prefeituras, que uniram a ação do STF, junto com o Senado, a Câmara Federal que estão se articulando para modificar os dispositivos da lei que autoriza o uso emergencial", explicou.

Ainda durante a entrevista, Fábio Vilas-Boas relembrou que os russos ficaram desconfiados do governo da Bahia em procura-los, em agosto, para comprar com antecedência a vacina para os baianos. "50 milhões foi o acordo que fizemos em agosto do ano passado. Fomos o primeiro lugar do mundo a fazer acordo com os russos. Um determinado dia, eu dei uma entrevista para o “Fantástico” lá da Rússia, domingo de noite, e a pergunta deles era assim: por que vocês fizeram isso? Não estão com medo de represália? Vocês estão ligados aos americanos? Por que estão fazendo relação com os russos?".

Apesar do estado já ter em mãos algumas vacinas, Vilas-Boas enfatizou que outros imunizantes irão demorar de chegar. "A vacina indiana vai demorar, a outra chinesa, Cinofarma, sem condições. Agora, a Johnson & Johnson, essa que fez estudos no Brasil, já tem condições de submeter a Anvisa". Entretanto, essa da J&J tem 66% de eficácia e apenas uma única dose.

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