Coronavírus

Petistas criticam nova declaração de Bolsonaro sobre pandemia; pressão popular pode viabilizar CPI

Valter Campanato/Agência Brasil
Presidente afirmou que é preciso parar de "frescura" e "mimimi" ao comentar sobre avanço da pandemia  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 04/03/2021, às 17h26   Marcio Smith


FacebookTwitterWhatsApp

Os deputados federais baianos Jorge Solla (PT) e Afonso Florence (PT) criticaram a mais recente declaração do presidente Jair Bolsonaro minimizando a pandemia de coronavírus. Nesta quinta-feira (4), o presidente afirmou que é preciso parar de "frescura" e "mimimi" ao comentar sobre avanço da crise sanitária no país e questionou até quando as pessoas ficarão "chorando".

"Chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?", afirmou o presidente. A fala ocorre um dia após o país registrar o novo recorde de mortes por covid-19, com 1.840 óbitos em 24 horas.  

Apesar de avaliarem negativamente as atitudes do presidente na pandemia, os deputados avaliaram que não há força política atualmente para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema. Florence avaliou que o cenário poderia ser outro com pressão popular, contudo, destacou que a atual situação da pandemia prejudica a realização de manifestações populares.

"A gente fica sempre na esperança que ele não faça essas coisas diante desse número de mortes diários, o colapso no SUS e o auxílio emergencial extinto. Mimimi é o governo dele, que diante de tantas responsabilidades, ele só é capaz de fazer atitudes vergonhosas [...] Ele não toma as medidas necessárias e não tramita na Câmara a CPI sobre a pandemia. Minha expectativa é com o crescimento da pressão social abra uma CPI. Tem que ter movimento popular contra esse governo do mimimi", afirmou Florence.  

Ex-secretário da Saúde da gestão Jaques Wagner (PT) e médico sanitarista, Solla destacou que nenhum país do mundo aceitaria ter um "insano" na cadeira de presidente neste momento. O deputado afirmou que o país está virando uma pária internacional por conta da atuação de Bolsonaro na pandemia.  

"Recorde de mortes em 24 horas. Ele não demonstra nenhuma sensibilidade e nenhuma dor com as quase 260 mil vidas perdidas. Isto não é um ser humano, é uma excrescência", afirmou o parlamentar.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp