Covid-19: uma a cada quatro pessoas infectadas em Salvador tem entre 30 e 39 anos

Os jovens com idades entre 30 a 39 anos representam 25% dos casos confirmados de pacientes com Covid-19 na capital baiana, segundo relatório on-line da Transparência da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O dado desperta a preocupação de uma possível negligência desse público em relação aos cuidados para evitar a disseminação da doença.

Segundo Ivan Paiva, médico e coordenador de Urgência e Emergência de Salvador, os cuidados para conter a disseminação do vírus devem ser tomados por todos, independente da faixa etária. 

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"Se a pessoa obedecer os três princípios de não ficar em aglomeração, usar a máscara e fazer a higienização das mãos, é quase zero a possibilidade de se contaminar com o vírus. As pessoas mais jovens estão desrespeitando esses cuidados. Na primeira onda foi disseminado que idosos e pessoas com comorbidades estavam mais suscetíveis ao vírus. Os mais jovens, então, estão relaxando com os cuidados", destacou.

O esforço para combater o vírus precisa ser coletivo e as aglomerações devem ser evitadas de modo a preservar a saúde de todos. O cuidado precisa ser tomado mesmo sendo jovem, já que além de se contaminar, eles também podem espalhar a doença para pessoas do grupo de risco, como familiares com idade mais avançada. 

A recomendação das autoridades sanitárias é que, ao usar espaços compartilhados, é preciso higienizar as mãos com água e sabão com frequência, além de evitar tocar as mucosas nasais e oculares. Onde não há oferta destes recursos, o álcool gel cumpre o papel da proteção. Já o uso contínuo da máscara ao ter contato com outras pessoas é vital para que gotículas de saliva de pessoas que estão com o vírus não sejam transmitidas para outras.

O médico destacou que muitos familiares têm se contaminado simultaneamente e que isso é preocupante. 

"Tenho percebido que o quadro de muitos jovens vem evoluindo de forma não satisfatória, precisando de UTI e indo a óbito. O número de pessoas contaminadas na mesma casa é alarmante", afirmou. 

O coordenador lembrou ainda que Salvador é uma cidade populosa, com aproximadamente três milhões de habitantes, e que se 5% da população adoecer no mesmo período, haverá consequências gravíssimas.