Coronavírus

Vilas-Boas diz que Bolsonaro "passou vergonha nacional" em ação contra toque de recolher na Bahia

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"Eu disse que a única coisa que o presidente conseguiria seria passar o constrangimento de ter sua ação negada", disse o secretário de Saúde do Estado  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 23/03/2021, às 15h59   Redação BNews


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O secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, comentou, na tarde desta terça-feira (23), a derrota que o presidente Jair Bolsonaro teve na Justiça ao tentar barrar as medidas restritivas impostas pelo decreto assinado pelo governador Rui Costa.

"Eu disse que a única coisa que o presidente conseguiria seria passar o constrangimento de ter sua ação negada. E foi o que aconteceu, passou vergonha nacional, mostrando que ele está isolado, perdido no enfrentamento à pandemia", disse ao apresentador José Eduardo, do programa Balanço Geral Tarde. 

Fábio comemorou a diminuição das filas de pacientes da Covid-19, mas disse que os cuidados devem continuar: "Desejo, torço e tenho fé que nas próximas semanas a gente continue seguindo pra um nível mais adequado. Existe o alento de não estarmos piorando, de estamos conseguindo dar conta da quantidades de pessoas que pedem socoro. Temos 86 a 87% de ocupação de taxa de UTI, mas já chegamos a atingir 89%. Só o fato de não ter subido já é motivo de nós comemorarmos. Se não fossem as medidas de distanciamento e os leitos que temos aberto todos os dias, esse número já teria sido ultrapassado".

Questionado se a relação da Bahia com o ministério da Saúde vai melhorar com o novo titular do cargo, Queiroga, Vilas-Boas explicou: "O que faltava no ministério de Pazuelo era um técnico com ele. Quando ele foi efetivado como minsitro, deveriam ter colocado algum técnico da saúde com ele, mas colocarm outro militar. Acredito que o novo ministro possa, sendo ele ligado à medicina, conquistar o respeito do presidente".

Com relação à possibilidade do retorno das atividades econômicas no dia 5 de abril, conforme afirmou o prefeito Bruno Reis, o secretário de Saúde do Estado foi mais comedido. "Acho que essa é uma perspectiva que, se mantivermos a taxa de decréscimo dos números nos próximos dias, pode ser objeto de discussão entre prefeitos da Região Metropolitana de Salvador e o governador".

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