Coronavírus

CPI da Pandemia: Em resposta a Angelo Coronel, Queiroga defende que ministério seja referência nos dados sobre pandemia

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A oitiva do ministro foi suspensa para que os senadores participem da sessão plenária do senado, iniciada às 16h. A reunião será retomada ainda hoje, assim que as votações no plenário da casa forem concluídas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 06/05/2021, às 17h24   Redação BNews


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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, opinou nesta quinta-feira (6) que a pasta tem que ser referência dos dados epidemiológicos em relação a Covid-19 no País, durante questionamento na CPI da Pandemia que citou o trabalho do consórcio de veículos de imprensa desde o ano passado. 

Durante intervenção remota, o senador Angelo Coronel (PSD) também questionou ao ministro se não estava na hora de destinar verbas federais para convocação de artistas em uma campanha pelo uso da máscara, álcool gel e distanciamento social. 

"Há algum entrave, algo que impeça o senhor? É falta de verba? Na grande mídia não vemos nenhuma grande propaganda a esse respeito", perguntou. O baiano também questionou se não era hora de "acabar com essas brigas com imprensa", e o ministério da saúde divulgar os números reais dos óbitos e infecções pela covid-19

"Acho que já chega do consórcio de empresas reunidas divulgar algo que não é oficial. Acredito que o oficial deve sair do ministério da saúde", opinou. O consórcio de veículos de imprensa organiza dados relacionados à pandemia no Brasil desde junho de 2020. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais.

Os veículos G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL decidiram formar uma parceria após o Ministério da Saúde, na época comandado pelo general da ativa Eduardo Pazuello, atrasar a publicação do balanço oficial do Governo Federal.

Na época também houve a redução da  quantidade e qualidade dos dados. Na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) - até 17 de abril de 2020 -, a divulgação dos boletins aconteciam por volta das 17h, durante uma coletiva de imprensa. Posteriormente, a divulgação passou para as 19h e depois para as 22h.

A ação inviabilizava a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. "O senhor tem razão. Estamos tratando destas questões publicitárias.O ministério da Saúde tem que ser sim a referência destes dados epidemiológicos em relação a Covid-19. Esses dados, inclusive, estão disponíveis no site do ministério, mas reconheço que precisa ser ampliada essa questão para que tenhamos o ministério como referência para a sociedade", disse.

O ministro se comprometeu de passar ao senador o montante investido em campanhas de promoção ao uso da máscara para conter o avanço do novo coronavírus. A oitiva do ministro Queiroga foi suspensa para que os senadores participem da sessão plenária do senado, iniciada às 16h. A reunião será retomada ainda hoje, assim que as votações no plenário da casa forem concluídas.

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