Coronavírus

Ausência de pronto atendimento para suspeitos de Covid tem feito Feira manter taxa de contágio elevada, avalia Vilas Boas

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Segundo o secretário estadual da Saúde, uma pessoa com Covid-19 no município "vai para qualquer emergência e sai contaminando outras pessoas"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 23/06/2021, às 11h05   Redação BNews


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O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas Boas, acredita que a ausência de pronto atendimento para pacientes suspeitos de Covid-19 tem feito com que Feira de Santana mantenha uma  taxa de contágio pela doença elevada.  

"Eu não sei o que está acontecendo, porque não é por falta de orientação. A gente já explicou ao prefeito, ao secretário anterior, ao secretário atual que feira necessita ter centros de referência para testagem, precisa de gripários - centros de pronto atendimento para quadros suspeitos. Feira não tem isso", respondeu nesta quarta-feira (23) ao ser questionado sobre os números da doença no município. 

Segundo Vilas Boas, uma pessoa com Covid-19 na cidade "vai para qualquer emergência e sai contaminando outras pessoas".  As declarações foram feitas durante entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, da rádio Metrópole, comandado pelo apresentador José Eduardo.

O boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura de Feira de Santana na noite da última terça-feira (22), o município contabilizou, em 24h, 171 casos confirmados e dois óbitos - um deles de fato ocorrido na última segunda (21).  

Feira conta com 136 pacientes hospitalizados e 7.132 infecções ativas da Sars-Cov-2, também segundo o informe.  Desde o início da crise sanitária, o município conta com 45.011 casos confirmados e 818 óbitos. No início da semana, a secretaria municipal chegou a contabilizar 11 mortes em um único dia.

Vale salientar que tratava-se de notificações tardias. O boletim da última segunda-feira  apontava que os falecimentos aconteceram efetivamente em 22 de março; 8, 18, 20 e 23 de maio; além de 14, 18, 19, e 20 de junho. 

"Dezenas - para não dizer centenas - de cidades do interior, por menor que seja, montou - pegou uma UBS [Unidade Básica de Saúde] - e disse: 'Aqui é o meu centro de Covid'. A pessoa com suspeita da doença vai para esse lugar. Agora, a maior cidade do interior da Bahia se recusa a fazer isso - que tem feito com que Feira tenha mantido uma taxa de contágio elevada", analisou.

Para o secretário, o município também precisaria de testes rápidos, de antígeno, para realização de triagens em suas policlínicas.

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