Coronavírus

Bolsonaro diz ter "zero preocupação" com depoimento na CPI sobre possíveis irregularidades na compra da Covaxin

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O deputado federal Luis Miranda (DEM) e do servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, irmão do parlamentar, falam a CPI da Pandemia logo mais, a partir das 14h  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Isac Nóbrega/PR

Publicado em 25/06/2021, às 12h21   Redação BNews


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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (25) que não está preocupado com os depoimentos do deputado federal Luis Miranda (DEM) e do servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, irmão do parlamentar, na CPI da Pandemia logo mais, a partir das 14h.

Atendendo ao requerimento de convocação apresentado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB), a dupla falará sobre possíveis irregularidades do governo federal na compra da vacina indiana Covaxin.

Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Luis Ricardo  disse ter sofrido pressão de superiores para assegurar a importação dos imunizantes. O parquet  investiga se houve favorecimento na negociação, realizada em tempo recorde e ao maior custo em relação a outras vacinas. 

De acordo com informações do jornal O Globo, durante a cerimônia de inauguração do primeiro Centro de Excelência MCTI em Tecnologia 4.0, em Sorocaba, São Paulo, Bolsonaro negou irregularidades no contrato com Covaxin e alegou que não pode participar de tudo do governo. 

Ele também disse que o valor superfaturado teria vindo "errado", com um zero a mais. O presidente não confirmou se o contrato para aquisição do imunizante será mantido ou cancelado.

"O que o Renan tem? E o Omar Aziz? Crise de abstinência. O que os irmãos Miranda vão apresentar lá?", indagou, acrescentando que tem "zero preocupação" sobre o que será dito na oitiva desta tarde.

Em conversas que teve com integrantes da comissão, na última quarta-feira (23),  Luis Miranda disse que sua contribuição ao inquérito parlamentar irá "derrubar a República". Contudo, segundo informações apuradas pela Coluna Estadão, do jornal Estado de São Paulo, em privado, os senadores  estão adotando tom de cautela.

Existe o temor de que "arroubos retóricos prevaleçam sobre indícios e provas". Também segundo o periódico, a cúpula da CPI deve tomar as medidas cabíveis para que, mesmo como testemunha, os Miranda, e principalmente o irmão com mandato, diga somente a verdade - e, se mentir, que seja responsabilizado. 

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