Coronavírus

CPI da Pandemia: Vice-presidente pede prorrogação dos trabalhos por mais 90 dias

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Com prazo previsto para encerramento no próximo dia 7 de agosto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) argumenta que o prazo para conclusão do inquérito é insuficiente para conclusão dos trabalhos  |   Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 28/06/2021, às 09h17   Redação BNews


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O vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede), encaminhou ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD) um requerimento pleiteando a prorrogação dos trabalhos do colegiado por mais 90 dias.

Com prazo previsto para encerramento no próximo dia 7 de agosto, o senador argumenta que o prazo para conclusão do inquérito parlamentar é insuficiente para conclusão da apuração parlamentar.

A solicitação cita a marca de meio milhão de mortes por Covid-19 alcançada no último 19 de junho, e afirma que comissão tem "desvendado" falhas na estratégia de comunicação, nas ações de vigilância e mapeamento da pandemia, na gestão das necessidades de leitos de UTIs no país e, principalmente, no planejamento de fornecimento de insumos como oxigênio, medicamentos, EPIs, testes e respiradores.

Rodrigues também cita o que descreve como "boicote às vacinas", e relembra a descoberta da CPI de  dezenas de emails da farmacêutica Pfizer ignorados com ofertas de imunizantes ao governo brasileiro. 

Em uma referência indireta ao ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a política externa do governo Bolsonaro, Rodrigues afirma que "inúmeros insultos” a países e instituições de pesquisa fornecedoras de vacinas resultaram em "atrasos de insumos e sucessivas interrupções" da campanha de imunização.

"Inúmeras provas reveladas têm comprovado omissões e ações deliberadas em torno de uma falsa imunidade de rebanho, com a promoção de tratamentos ineficazes e boicotes às medidas não farmacológicas como o uso de máscaras, distanciamento social e álcool em gel", acrescenta.

Nova Fase

Instalada em 27 de abril deste ano com o objetivo de apurar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia, a CPI da Pandemia, informalmente, iniciou uma nova fase de suas investigações a partir do depoimento dos irmãos Luis Miranda, deputado federal bolsonarista filiado ao DEM, e Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da Divisão de Importação do Ministério da Saúde e funcionário de carreira da pasta.

A oitiva realizada na última sexta -feira (25) colocou o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), no centro das apurações do colegiado do Senado sobre supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. 

"Em paralelo, a CPI tem desvendado esquemas de corrupção e de favorecimento de determinadas empresas com recursos destinados ao combate à pandemia da Covid-19. Servidores sofreram pressões não republicanas para flexibilizar a importação da Covaxin. Depoentes apontaram que até o Presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do Governo da Câmara dos Deputados. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente", defendeu. 

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