Coronavírus

Empresa que denunciou pedido de propina na Saúde tentou aplicar golpe no Canadá

Anderson Riedel/PR
O caso ocorreu no início do ano  |   Bnews - Divulgação Anderson Riedel/PR

Publicado em 30/06/2021, às 13h21   Redação BNews



A empresa, cuja representante no Brasil denunciou ter recebido pedido de propina de 1 dólar por dose de cada vacina pelo contrato com o Ministério da Saúde, é suspeita de ter tentado aplicar um golpe no Canadá e revender doses do imunizante para grupos indígenas do país sem ter autorização da farmacêutica AstraZeneca. A informação foi revelada pela revista Veja.

O caso ocorreu no início do ano e acendeu o alerta em autoridades locais, que decidiram investigar. A Davati Medical Supply LLC teria sinalizado que poderia obter seis milhões de doses da vacina da AstraZeneca, a 3,50 dólares a dose, o que daria um custo total de 21 milhões de dólares, contudo, a presença de um intermediário chamou atenção das autoridades.

Desde então, o site da empresa está fora do ar no país. O endereço da companhia, na cidade de Round Rock, no Texas, é o mesmo de uma empreiteira chamada Davati Building Products. 

Suspeita de propina

O ministério da Saúde exonereu o diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias. A medida ocorre em meio a uma denúncia de que ele teria cobrado propina de um representante de uma vendedora de vacinas.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, afirmou que recebeu de Dias um pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, vigente no Senado Federal, aprovou o requerimento para convocação do representante da Davati no Brasil. Pereira irá depor na sexta-feira (2).

Os senadores aprovaram ainda requerimento de convite para ouvir o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que foi implicado recentemente em suspeitas de irregularidades na aquisição de vacinas.

A CPI também aprovou convite para um novo depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), para explicar as denúncias de irregularidades envolvendo a compra da vacina Covaxin. O requerimento prevê que a nova oitiva seja secreta, mas os senadores ainda não definiram o formato.

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