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Após relatos de suposta propina, Diretor de Logística é exonerado da Saúde

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Dias é acusado de ter cobrado propina para fechar acordo com empresa de vacina  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Publicado em 30/06/2021, às 10h08   Redação Bnews


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O diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, deixou o cargo nesta quarta-feira (30). A sua exoneração foi publicada durante a madrugada no Diário Oficial da União. 

Dias deixa a pasta após ser acusado de ter cobrado a um representante de uma vendedora de vacinas propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).  Ele foi nomeado na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

Acusação

Ao jornal Folha de S. Paulo, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o então diretor de Logística, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.

A empresa Davati tentava negociar com o Ministério a compra de 400 milhões de doses da Astrazeneca. A proposta feita foi de US$ 3,5 por cada dose, valor que, posteriormente, subiu para US$ 15,5. "O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa", disse Dominguetti ao jornal.

Agora, a CPI da Covid deve convocar o representante da empresa para depor. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentará o requerimento de convocação, a ser votado pelo plenário da comissão parlamentar de inquérito. 

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