Coronavírus
Publicado em 23/08/2021, às 23h00 Folhapress
A Prefeitura de São Paulo recuou na decisão de obrigar bares e restaurantes a pedir o passaporte da vacina para que clientes possam frequentar os estabelecimentos. Agora, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou se trata apenas de recomendação.
"O prefeito [Ricardo Nunes] anunciou que eventos na capital vão precisar do passaporte cujo aplicativo vamos disponibilizar. Jogos, feiras, congressos, etc. O resto é recomendação", afirmou Aparecido ao Agora na tarde desta segunda-feira (23).
Mais cedo, durante entrevista coletiva no Shopping Vila Olímpia, na zona sul da cidade, que marcou o início da vacinação de crianças de 12 anos com comorbidades, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a medida valeria também para bares e restaurantes. "Sim, sim, sim", afirmou, ao ser questionado por um repórter.
Procurada para esclarecer a fala de Nunes, a prefeitura não respondeu até a publicação desta reportagem.
A medida entrará em vigor na cidade de São Paulo no dia 30 deste mês e não foi bem recebida pela Abrasel (associação de bares e restaurantes). Segundo disse à Folha de S.Paulo o presidente da entidade, Paulo Solmucci, não há condições de operacionalizar a regra. Ele diz que a entidade está aguardando a prefeitura anunciar os detalhes concretos da medida para reagir e pedir uma revisão da decisão.
Aparecido disse que até sexta-feira (27) será lançado um aplicativo com a comprovação da vacinação, para ser usado pelos paulistanos em restaurantes e demais ambientes fechados.
"Quando liberar o aplicativo, é só se cadastrar no site da prefeitura, informando a unidade onde foi imunizado e a data. Após a conferência das informações, a pessoa fica autorizada a entrar nos ambientes", disse.
Aparecido acrescentou que será preciso direcionar o celular para um QR Code no estabelecimento, que também precisará ter o aplicativo. A partir daí será informado se o cliente foi imunizado com ao menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus.
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