Coronavírus

Pfizer vai anunciar produção de vacinas no Brasil ao lado de Bolsonaro

Agência Brasil
O anúncio ocorre no momento em que se intensifica o debate sobre a urgência de se aumentar a produção de imunizantes no mundo.  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 26/08/2021, às 11h54   Monica Bergamo/Folhapress


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O presidente da República, Jair Bolsonaro, deve receber nesta quinta-feira (26) a cúpula da farmacêutica Pfizer no Brasil. A empresa vai anunciar a produção de vacinas contra a Covid-19 no país, com distribuição para toda a América Latina. A Pfizer e a BioNTech divulgaram nota em que anunciam uma carta de intenção com a farmacêutica brasileira Eurofarma "para a produção local da vacina de mRNA contra a Covid-19", para ser disponibilizada para todo o continente.

As atividades de transferência técnica e de instalação de equipamentos para o Brasil "começarão imediatamente", dizem as empresas. A capacidade de produção, em 2022, pode ultrapassar as 100 milhões de doses. A Eurofarma participará de uma rede global de produção que incluirá 20 instalações por quatro continentes.

O anúncio ocorre no momento em que se intensifica o debate sobre a urgência de se aumentar a produção de imunizantes no mundo. A maioria da população do planeta ainda não recebeu sequer a primeira dose de vacina, o que impede o controle da pandemia, aumenta o número de vítimas fatais e o risco de que novas variantes que escapem da proteção dos imunizantes se disseminem por todos os países. A notícia da Pfizer está sendo festejada pelo governo federal.

"O Brasil é o país mais confiável da América Latina para a instalação de negócios de uma grande farmacêutica multinacional como a Pfizer", afirmou à coluna o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

"O país tem um dos maiores sistemas de saúde públicos do mundo e uma saúde suplementar com 48 milhões de beneficiários. Investe cerca de 10% de seu PIB em saúde", segue o ministro.
Ele afirma que o anúncio da Pfizer é fundamental "para o desenvolvimento do complexo industrial farmacêutico através da iniciativa privada, sem necessidade de fomento direto do governo".

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O ministro afirma ainda que o país precisa voltar a investir "na pesquisa básica, de desenvolvimento de tecnologia e produtos".

Na pandemia do novo coronavírus, o Brasil participou dos estudos apenas selecionando voluntários para ensaios clínicos que comprovaram a eficácia dos imunizantes. Mas até agora não desenvolveu um produto próprio, com tecnologia nacional.

Na nota divulgada, as duas empresas afirmam que a brasileira Eurofarma "realizará atividades de fabricação dentro da cadeia de fornecimento e rede de fabricação de vacinas contra a Covid-19 globais da Pfizer e da BioNTech, que agora se estenderá por quatro continentes e incluirá mais de 20 instalações de fabricação. Para facilitar o envolvimento da Eurofarma no processo, as atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos começarão imediatamente".

Diz ainda que a Eurofarma "receberá o produto de instalações dos Estados Unidos e a fabricação das doses acabadas terá início em 2022".

Em plena capacidade operacional, a capacidade de produção excederá 100 milhões de doses.
A Pfizer esteve na ponta do desenvolvimento de imunizantes no país, com a produção de uma das vacinas mais eficientes contra o vírus.

Por meio de um contrato com o Ministério da Saúde, entregará um total de 200 milhões de doses ao país.
A Pfizer se somará à Fiocruz e ao Instituto Butantan, que já produzem vacinas no país.

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