Coronavírus

Secretária de Saúde prega cautela ao falar sobre realização do carnaval: “Saúde em primeiro lugar"

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A titular da Sesab alertou ainda para a quantidade de turistas que saem dos seus respectivos países onde os casos de covid voltaram a crescer  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Sesab

Publicado em 11/11/2021, às 13h33   Diego Vieira


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A secretária de Saúde da Bahia (Sesab), Tereza Paim, foi cautelosa ao falar sobre a possibilidade da realização do carnaval em 2022 em meio à pandemia da covid-19. Em entrevista ao Balanço Geral da RecordTV Itapoan, ela afirmou que a saúde deve ser prioridade e que os atuais números da pandemia no estado – casos ativos e vacinados-  ainda não permitem a realização da festa. 

“Quando a gente fala de pandemia é porque o planeta inteiro está afetado, então não são as pessoas econômicas que estão se impondo, mas a ciência que está impondo. Baseado em técnica e evidência, a gente sabe que é importante manter o uso da máscara e que a gente precisa alcançar a taxa de vacinação”, afirmou.

De acordo com a secretária, a Bahia precisa alcançar a marca de 80% da população completamente imunizada, ou seja com as duas doses da vacina, para pensar na possibilidade da realização da folia. “Estamos em um patamar com 50% das pessoas completamente imunizadas e precisamos de um alcance de pelo menos 80%. Será que a gente consegue isso até o final de novembro?”, questionou.

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Além dos números da vacinação, ela também citou a quantidade de casos ativos e a taxa de ocupação de leitos no estado. Atualmente, cerca de 2.500 pessoas estão com o vírus ativo e 190 estão internadas em leitos de UTI, números que tem se mantido em estabilidade desde setembro, dado preocupante segundo Paim.

A titular da Sesab alertou ainda para a quantidade de turistas que saem de países onde os casos de covid voltaram a crescer, como é o caso da Alemanha que registrou mais de 50 mil casos da doença pela primeira vez na pandemia, para curtir o carnaval na capital baiana.

“A gente tem que pensar em saúde em primeiro lugar. Nós temos pessoas que perdemos, temos pessoas sequeladas de covid. A prioridade hoje é pensarmos de forma correta. Tem países que tiraram máscaras e tiveram que retornar com o uso das máscaras. O carnaval é uma festa popular, de todos, do mundo. Pessoas de fora vêem pra cá. É isso que queremos? Ninguém quer estar fragilizado nesse momento,” disse.

Nesta quinta, o prefeito Bruno Reis sugeriu o adiamento do carnaval caso em fevereiro os indicadores da pandemia de Covid-19 não permita acontecer em segurança.

Para tanto, alerta o prefeito, é indispensável que seja respeitada a data limite até o final deste mês, para que todos possam se planejar. Segundo o gestor, até os blocos tradicionais e os artistas, já anunciaram que caso a decisão final não seja tomada em novembro, vão ter que cancelar antecipadamente a participação no festejo.

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