Coronavírus

Alta nos casos de covid-19: é seguro que as crianças voltem às aulas presenciais?

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Parte dos responsáveis ainda não decidiu se vai mandar os filhos ou filhas às unidades de ensino  |   Bnews - Divulgação Freepik|

Publicado em 30/01/2022, às 06h30   Redação BNews


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O aumento de casos de síndromes gripais relacionadas à influenza e a Covid-19 tem preocupado pais de crianças matriculadas para o ano letivo de 2022  em todo estado. A uma semana do retorno presencial das atividades, parte dos responsáveis ainda não decidiu se vai mandar os filhos ou filhas às unidades de ensino.

Caroline Lima, 25, manicure e mãe de duas meninas de 2 e 4 anos, ainda não decidiu se vai permitir que as filhas ingressem na escola, já que a imunização do público abaixo de 5 anos ainda não começou.

“Estou com muito receio, muita gente diz que o contágio em crianças é menor, mas, não tem como confiar. Infelizmente, ainda se trata de algo que não conhecemos”, pontua.

Esse é o mesmo motivo exposto pela técnica de enfermagem Lisa Lopes, 31, mãe do pequeno Gabriel, 9, para a apreensão em permitir o retorno do filho à escola.

“A gente toma todos os cuidados, não dá pra saber como as outras famílias vão se comportar, não sei se foram expostas ao vírus, não sabemos qual é a rotina dos outros alunos. Ao meu ver, acho que deveriam adiar o retorno um pouco mais, para ver se os casos diminuem”, opina outra mãe, que preferiu não se identificar.

De acordo com o Instituto Butantan, desde o início da pandemia, o Brasil soma mais de 1,4 mil mortes de crianças de até 11 anos em decorrência do novo coronavírus e mais de 2,4 mil casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à covid-19, conjunto de sintomas graves que podem levar à morte, segundo o Ministério da Saúde.

Os números parecem baixos quando comparados as mais de 600 mil mortes de adultos pelo vírus no Brasil, mas não deixa de ser alarmante, o que reforça a necessidade da imunização infantil. “A vacinação desse público é estratégia importante para reduzir o número de mortes por covid-19 nessa faixa etária, cujos indicadores do nosso país são mais expressivos do que em outras nações”, conforme declara a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Especialistas ouvidos pelo Bnews destacam que o aumento de síndromes gripais costuma ocorrer entre março e abril, mas chegou mais adiantado desde o fim de 2021, inclusive para as crianças. A prevenção entre os pequenos permanece a mesma do início da pandemia: distanciamento, lavagem das mãos e uso correto das máscaras. Além disso, é de extrema importância que as instituições adotem alguns protocolos a fim de evitar a disseminação do vírus:

  • Elaborar um escalonamento dos horários de entrada, saída, intervalo e lanche para evitar aglomerações;
  • Garantir que os ambientes estejam o mais arejado possível, especialmente os laboratórios e salas de aula;
  • Conduzir alunos e profissionais para que se alimentem somente em espaços indicados;
  • Orientar os profissionais e alunos que devem evitar excessos ao falar, tocar o rosto, nariz, boca e olhos durante suas atividades;
  • Direcionar os professores para que planejem suas aulas de forma a não induzir o contato entre alunos, nem o compartilhamento de materiais

É importante destacar, que estudantes que pertencem aos grupos de risco da Covid possuem permissão para realizar as atividades escolares de maneira remota. Neste caso, as escolas devem ter um plano pedagógico individualizado.

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