Justiça

Ministro do TSE diz que fim de doação de empresa não acabará com caixa 2

Publicado em 30/10/2015, às 06h34   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Henrique Neves, disse, na tarde desta quinta-feira (29), que a proibição do financiamento privado de campanha não acabará com o caixa dois (contribuições não declaradas à Justiça, o que é crime) nas campanhas eleitorais. 
“O fato de ter pessoas jurídicas e físicas, ou apenas pessoas físicas, não elimina o caixa dois, [pois] sempre existira naqueles que não querem cumprir as regras eleitorais. [Mas] O caixa 2 independente das fontes autorizadas a doarem será sempre combatido pela Justiça eleitoral com o auxilio do Ministério Público”, afirmou o ministro do TSE, que participou nesta quinta do Seminário Reforma Política, no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), em Salvador. 
O ministro Henrique Neves disse ainda que o fim do financiamento privado pode gerar um aumento “razoável” no trabalho dos juízes e promotores. Isto porque terão que ampliar a fiscalização para evitar reduzir o crime de caixa dois.
Panos quentes
Henrique Alves minimizou as discussões tensas que aconteceram no TSE em agosto quando a maioria dos ministros votou pela reabertura do desarquivamento de investigação contra campanha da presidente Dilma Rousseff (PT).  “É normal em um colegiado [...]. Encerrada a sessão somos todos cordiais e amigos. Não há nenhum clima de tensão. No plenário, cada um diz o que pensa. (...) Depois que acaba a sessão a vida segue normalmente”, amenizou.

Publicada no dia 29 de outubro de 2015, às 17h50

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