Justiça

Antes da privatização, situação dos cartórios na Bahia era comparada à do Haiti

Publicado em 07/04/2017, às 23h48   Redação Bocão News



Antes do processo de privatização, cinco anos atrás, a situação cartorária na Bahia era comparável ao Haiti [país mais pobre da América, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH], cujos cartórios não tinham qualquer informação, nem certidão de nascimento e nem de casamento. A avaliação é do presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), Rogério Portugal Bacellar.

A Anoreg-BR defendia e lutava pelo fim da estatização das serventias baianas há quase duas décadas. O presidente ressalta que com a privatização, houve investimentos em inovações. “A privatização garantiu aos cartórios da Bahia agilidade completa com segurança total, principalmente com a implantação da biometria”, destaca o presidente.

Exemplo de cartório referência pela prestação de serviços de qualidade, modernização e excelente estrutura física é o 12º Ofício de Notas Conceição Gaspar, em Salvador. Em uma iniciativa inédita no estado, o cartório implementou um departamento de Compliance, que atuará no monitoramento contínuo, no recebimento de denúncias e na verificação da efetividade do programa, que está sendo criado com base na Lei Anticorrupção, na Lei de Lavagem de Dinheiro e na Lei Antiterror.

“Buscamos sempre estar à frente dessas inovações, utilizando ferramentas que buscam agregar valor à qualidade do serviço, oferecendo treinamentos e cursos para nossos funcionários. Tudo isso contribui para que a população volte a confiar nos cartórios, reconhecidos tradicionalmente pela prestação de serviços de excelência, mas que estavam em péssima situação no estado antes da privatização”, destaca Conceição.

O consultor em compliance Adriano Fonseca ressalta a importância da instituição desses programas para a reputação e a credibilidade de qualquer tipo de negócio, independente do ramo ou porte. “Os cartórios, como quaisquer outras organizações, não estão livres da possibilidade de seus prepostos cometerem atos ilícitos. É de extrema relevância que seus titulares estejam cientes desse fato e preparados para diminuir a ocorrência de tais condutas e, assim, preservar a integridade das pessoas afetadas pela situação”, afirma.

Classificação Indicativa: Livre

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