A Ordem dos Advogados do Brasil comemora seus 85 anos, e na Bahia um evento vai acontece na próxima quarta-feira (19), no Sheraton Hotel, para confraternizar a classe, tendo a presenta do presidente do Conselho Federal, Claudio Lamachia.
Aproveitando a data e a indignação por conta de alguns problemas que aponta na atual gestão, o ex-presidente da OAB-BA, o advogado Saul Quadros, publicou um artigo com duas críticas. Logo no início, Saul parabeniza pelo passado da entidade, ressaltando que o presente não traz boas notícias.
“Sim, porque nos últimos cinco anos, depois das comemorações dos 80, nada ou quase nada temos o que comemorar, mas campanhas milionárias foram desenvolvidas para eleger seus novos dirigentes”, disse.
Após citar que o “Conselho Federal foi presidido por quem pretendia ser Ministro do Supremo Tribunal Federal e relegou a entidade a um plano secundário, emudecendo-a”, Saul Quadros direciona as críticas à seccional baiana.
“A nossa Seccional acompanhou o Conselho Federal em sua saga. Um forte marketing, muita gastança, a transparência foi substituída pela opacidade, as Comissões agigantadas para atrair os jovens advogados como parceiros, de um faz nada, enganando-se o advogado por algum tempo, mas não conseguirão enganá-los para sempre”, salientou.
O ex-presidente continua: “aqui na Bahia, em seu segundo mandato, tivemos a anuidade elevada em patamares inaceitáveis, ameaças aos que têm dificuldades para quitá-las serem negativados no SERASA e SPC, os empregados da entidade lançados na vala dos desprestigiados, as comarcas no interior do Estado sendo fechadas sob o olhar complacente da entidade o que apequena e dificulta o exercício da profissão e apequena a advocacia baiana, embora novas sedes de Subsecções estejam sendo construídas – o que é importante e bom, – mas não se divulga o quanto se gastou ou se está gastando. Silêncio absoluto”.
Por fim, Quadros fala, sem citar nomes, sobre a preparação de um possível sucessor de Luiz Viana, atual presidente: “o que temos a comemorar nestes últimos cinco anos, quando já se sabe que um ‘produto’ de marketing está sendo preparado para suceder o atual presidente?”.
