Justiça

MPF rebate Gilmar Mendes sobre ameaça de estupro a Eike Batista

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Ministro do STF declarou que procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro ameaçaram o empresário na prisão  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 21/03/2018, às 18h48   Redação BNews


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Em nota oficial, nesta quarta-feira (21), o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) manifestou repúdio às declarações feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, de que o empresário Eike Batista teria sido ameaçado por procuradores da força-tarefa enquanto esteve na prisão. 

“Parece pelas notícias que correm que os promotores se entusiasmaram em demasia com aquilo que se chama de ‘investigação à brasileira’”, declarou Mendes, nesta terça-feira (20). 

Leia íntegra da nota:

A propósito da notícia publicada no Jornal Migalhas na última terça-feira (20/03/2018) sob o título “Gilmar Mendes conta que procuradores do RJ ameaçaram Eike de ser estuprado na prisão”, os procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro repudiam com veemência a afirmação irresponsável e leviana que teria sido lançada em sessão de julgamento do STF.

O mínimo que se espera de um Ministro da mais alta Corte do país é que profira seus votos com base em elementos de convicção seguros e de preferência produzidos nos autos do caso a ser julgado, não em insinuações ou aleivosias lançadas a partir de versões por “ouvir dizer”.

Os procuradores da Lava Jato afirmam que sempre primaram pela dignidade de todas as pessoas conduzidas à prisão nas várias fases da operação no RJ, fiscalizando o cumprimento da lei e o respeito aos seus direitos, inclusive acompanhando pessoalmente as buscas e prisões. Por duas vezes os membros do MPF visitaram as custódias de Bangu e Benfica, numa delas acompanhados da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão , entrevistando todos os presos sobre as suas condições no cárcere e o respeito às garantias que a lei lhes confere, incluindo o Sr Eike Batista, que em nenhum momento relatou ter sido ameaçado por qualquer agente público.

As injustas palavras assacadas pelo Ministro Gilmar Mendes estão absolutamente dissonantes da realidade e principalmente do zelo que os membros da Lava Jato no RJ têm buscado conferir na condução dos complexos trabalhos de repressão ao crime organizado e à corrupção que assolam o nosso Estado.


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