Justiça

Processo eleitoral da OAB-BA apresentou diversos problemas

Henrique Brinco
Houve problemas com o sistema de informática da entidade, propaganda irregular e número reduzido de membros da comissão para a quantidade de locais de votação  |   Bnews - Divulgação Henrique Brinco

Publicado em 21/11/2018, às 19h58   Márcia Guimarães e Henrique Brinco


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A eleição para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA) foi bastante atribulada e deu a maior dor de cabeça à comissão eleitoral. Isso porque houve problemas com o sistema de informática da entidade, propaganda irregular por parte das chapas e número reduzido de membros da comissão para a quantidade de locais de votação.

“Eleição tranquila não foi. Em Salvador e em muitos municípios baianos, foi muito acirrada. Recebemos muitos relatos, de Salvador, principalmente, porque há uma chapa apoiada pela atual direção e uma chapa que é de oposição. Evidentemente que uma chapa apoiada por qualquer direção tem suas facilidades e a comissão eleitoral fica tentando coibir”, relatou Ademir Ismerim, membro da comissão eleitoral. Ele contou que a equipe de fiscalização teve inúmeros problemas de publicidade irregular, inclusive com a necessidade da prefeitura retirar os materiais de logradouros públicos porque “as chapas não se deram por contentes de respeitar a legislação”. 

Ismerim disse que também colocaram também carro de som na porta dos locais de votação em volume excessivo, atrapalhando o andamento da eleição. Por isso, a comissão distribuiu multas e depois fará um relatório e aplicará multas maiores e outras penalidades, se necessário. 

“Outro problema é que houve uma falha no sistema de informática da OAB. Muitos eleitores que deveriam votar em determinado lugar não encontravam os nomes deles na lista de votantes. Tivemos mais de 200 pendências em relação a isso. Quando detectamos a possibilidade desses problemas, mandamos imprimir cédulas de papel, nos moldes antigos. Avaliamos a situação individualmente de uma forma muito cansativa durante o dia para saber se aqueles eleitores efetivamente podiam votar”, explicou o advogado. 

Segundo ele, muitos foram autorizados a votar na cédula de papel, com o voto separado, mas isso causou um grande transtorno à comissão eleitoral para que ela garantisse ao advogado apto a votar que exercesse seu direito de voto. 

“A eleição da OAB-BA sempre foi concentrada em um lugar. Na eleição passada, foi todo mundo no Clube Espanhol. A comissão, por 3 votos a 2, eu inclusive fui voto vencido, decidiu fazer a eleição em cinco lugares, atendendo ao apelo da Direção da Ordem. Essa divisão atrapalhou muito a fiscalização, o bom andamento, pois teve que deslocar muito mais funcionários e dividi-los para nos auxiliarem. Então isso foi muito ruim. Foi lamentável e teve problema em quase todos os lugares”, revelou Ismerim. 

Classificação Indicativa: Livre

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