Justiça

Após delação premiada, Barroso determina que Justiça de MG assegure integridade de Marcos Valério

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Ele está cumprindo, desde 2013, pena de 37 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 07/12/2018, às 17h42   Redação BNews


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O empresário e publicitário Marcos Valério, conhecido nacionalmente no esquema do mensalão do PT, deverá receber proteção por conta de sua delação premiada. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou, na quinta-feira (6), que a Vara de Execuções Penais de Contagem (MG) assegure a integridade física e moral de Valério.

A delação, homologada em setembro, ainda está em sigilo e encontra-se sob a responsabilidade do ministro Celso de Mello. Valério está cumprindo, desde 2013, pena de 37 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A defesa de Valério alega que ele já foi agredido dentro do presídio Nelson Hungria, em Minas, onde está preso atualmente, e que ele detalhou, em depoimentos, informações sobre corrupção e sobre a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, o que coloca a sua vida em risco. Com estes argumentos, os advogados pedem que o ministro permita a prisão domiciliar.

A Polícia Federal (PF) chegou a se posicionar anteriormente, sugerindo que Valério seja retirado do presídio Nelson Hungria por ter delatado questões envolvendo aliança entre facção criminosa e partido político. “Assim, considerando as declarações já prestadas pelo colaborador, sobretudo referente ao anexo 57, quando cita o envolvimento de facção criminosa com partido político, entendemos mais adequado para a proteção do colaborador outras medidas como progressão de pena ou prisão domiciliar, cujos pleitos cabem a sua defesa diretamente ao Judiciário”, indicou documento da PF juntado pelos advogados.

A defesa também alegou que Valério já cumpriu mais de um sexto da pena no mensalão e teve bom comportamento, o que o permitiria uma progressão para o regime semiaberto, quando é possível deixar o presídio durante o dia para trabalhar. Mesmo assim, os advogados querem a prisão em regime domiciliar por conta do risco à vida e da situação de saúde do empresário, que está com câncer. 

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