Justiça

Justiça tenta bloquear R$ 50 milhões em contas de Mantega, mas encontra somente R$ 35 mil

Arquivo/ Agência Brasil
O ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff é acusado de ter recebido propinas de R$ 118 milhões pela edição de Medidas Provisórias   |   Bnews - Divulgação Arquivo/ Agência Brasil

Publicado em 02/09/2019, às 19h42   Redação BNews


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Ao tentar bloquear R$ 50 milhões do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o Banco Central encontrou apenas R$ 35.937,46 nas contas bancárias do economista. A entidade tentou garantir a quantia baseada em determinação da 63.ª fase da Operação Lava Jato, batizada Carbonara Chimica.

O ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff é acusado de ter recebido propinas de R$ 118 milhões pela edição das Medidas Provisórias 470 e 472, que deram o direito de pagamento dos débitos fiscais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com a utilização de prejuízos fiscais de exercícios anteriores. 

A Lava Jato pediu a prisão de Mantega, o que foi rejeitado pelo juiz da 13.ª Vara Federal do Paraná, Luiz Antonio Bonat. O magistrado apenas determinou que Mantega utilizasse tornozeleira eletrônica. Contudo, esta decisão foi derrubada por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

Bonat também solicitou o bloqueio de R$ 555 milhões de todos os investigados. Para Mantega, o magistrado determinou que fossem bloqueados até R$ 50 milhões. Para outros executivos da Odebrecht, o a cautelar ultrapassa R$ 120 milhões. 

Pela segunda vez, a Justiça encontrou pequenas quantias nas contas do ex-ministro. Em três delas, foram verificados R$ 28.079,81, R$ 5.219,66 e R$ 2.637 99. Em setembro de 2016, Mantega já havia sido alvo da Arquivo X, também no âmbito da Lava Jato, que investigava propinas em contratos do pré-sal. Na época, apenas R$ 4.447,55 foram localizados.

Mesmo com esses valores em suas contas no Brasil, Mantega já confessou ter uma conta secreta de US$ 600 mil na Suíça. Ele disse que o dinheiro seria da venda de um imóvel que herdou do pai. 

Os policiais não acreditam nessa versão e dizem que Mantega tem dado informações “totalmente incoerentes” sobre suas contas no exterior. “A toda evidência, a conduta adotada por Guido Mantega em propositalmente omitir a existência de valores no exterior revela a persistência de seu intuito de ocultação de recursos ilícitos”, revelam os procuradores.

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