Justiça
Yasmin Garrido/BNewsPublicado em 25/11/2019, às 16h36 Redação BNews
Considerado uma das importantes peças no esquema de corrupção no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), investigado pela Operação Faroeste, o borracheiro José Valter Dias é considerado foragido pela Justiça. Ele se tornou um dos maiores latifundiários do país, com uma propriedade de 360 mil hectares no oeste do estado, apesar de nunca ter trabalhado com agricultura.
O escândalo no judiciário baiano culminou no afastamento do então presidente do TJ-BA, Gesivaldo Nascimento Britto, a 2ª vice-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria da Graça Osório Pimentel Leal além de mais dois desembargadores e outros suspeitos, como o falso cônsul Adaílton Maturino.
Na semana passada, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão temporária de José Valter Dias e do juiz Sérgio Humberto Sampaio, e também prorrogou os pedidos de Maturino e demais suspeitos, presos na última terça-feira (19). Sérgio foi detido temporariamente no sábado (23) pela Polícia Federal, que ainda não conseguiu localizar o borracheiro latifundiário. O advogado do juiz afirmou que vai pedir revogação.
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a prisão de José Valter, e o seu sumiço, impossibilitou que fossem cumpridos os mandados de busca e apreensão contra ele, de acordo com informações do O Globo.
"Revela-se inusitado o desaparecimento de José Valter Dias da região, sendo ele um dos maiores proprietários de terra do oeste baiano, podendo-se deduzir de seu repentino afastamento um claro sinal de que pode estar se furtando à aplicação da lei penal", apontou a PGR.
Og Fernandes, ministro do STJ, corroborou com a argumentação da PGR. Ele acrescentou que a sede da empresa de José Valter Dias, dona das terras e de um capital social de R$ 581 milhões, também naõ foi encontrada.
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