Justiça

PF intima joalheiro para apurar esquema de desembargadores implicada na operação Faroeste

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A PF trabalha com a hipótese de que Rodeiro teria colaborado na lavagem de dinheiro realizado pela ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Alô Alô Bahia/Época

Publicado em 14/12/2019, às 14h36   Redação BNews


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A Polícia Federal (PF) intimou o joalheiro Carlos Rodeiro, proeminente figura da alta sociedade baiana, para reconhecer se as joias apreendidas na casa da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago são dele. As informações são do jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.

A ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi implicada na operação Faroeste, que apura um esquema de vendas de decisões no âmbito do Judiciário baiano. A desembardadora segue afastada de suas atividades e presa preventivamente na penitenciária da Papuda, em Brasília.

A ordem do ministro do Superior Tribunal de Justiça Og Fernandes ocorreu em virtude do descumprimento de decisão judicial que determinava que a desembargadora não mantivesse contato de qualquer natureza com servidores de seu gabinete na corte.

O STJ decidirá nos próximos dias se mantém ou revoga a prisão da magistrada. Também segundo a jornalista, os investigadores querem que o Rodeiro esclareça quem pagou pelas joias, apresentando notas fiscais e comprovantes de pagamento. 

A PF trabalha com a hipótese de que Rodeiro teria colaborado na lavagem de dinheiro realizado pela desembargadora. No relatório, a polícia destaca que uma das caixas de joias possuía a logomarca do joalheiro. 

Os investigadores relatam que o joalheiro foi intimado pessoalmente. Mesmo assim, ele não compareceu para prestar depoimento.

Outro lado 

Por meio de sua assessoria, Carlos Rodeiro refutou as informações apuradas pelo O Globo, e informou que esteve na Polícia Federal para reconhecer as peças no último dia 07 de dezembro. 

"No local, reconheceu as poucas joias - de prata e banhadas a ouro - que foram adquiridas na sua loja e apresentou todas as notas fiscais, referente as mesmas", elucidou através de nota. O joalheiro também se colocou à disposição para eventuais dúvidas.

Faroeste

Socorro e outros três desembargadores - José Olegário Monção Caldas, Maria da Graça Osório Pimentel e Gesilvaldo Nascimento Britto - foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suspeita de participação em um suposto esquema de venda de decisões judiciais para legitimar a posse de terras obtidas por grileiros do Oeste do estado.

*Nota atualizada às 13h15 de 15/12/2019 para acréscimo de informações encaminhadas pela assessoria do joalheiro Carlos Rodeiro  

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