Justiça
Publicado em 23/06/2020, às 19h33 Henrique Brinco
A Guarda Municipal de Salvador perdeu um recurso contra a reintegração do corregedor Matheus Pereira Adan, exonerado em meio a investigações de irregularidades dentro da corporação. A decisão é da desembargadora Ilona Márcia Reis, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia. O imbróglio foi mostrado pelo BNews no último dia 26 de abril.
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Matheus procurou a reportagem poucas horas antes da exoneração para fazer uma série de denúncias e graves acusações (leia aqui). Ele afirma, entre outras coisas, que a exoneração se deu para abafar investigações contra a cúpula da corporação - incluindo compras suspeitas por dispensa de licitação.
A GCM entrou com Agravo de Instrumento pedindo para derrubar a decisão do juiz Manoel Ricardo Calheiros D'Avila, que havia suspendido a exoneração. O magistrado não aceitou os argumentos da corporação para a demissão do servidor e ratificou que a Câmara Municipal de Salvador é quem deve dar o aval para a eventual saída dele. A desembargadora negou o efeito suspensivo pedido no recurso protocolado pela corporação.
Procurado, Adan comemorou a decisão. "A Prefeitura está movendo o céu para evitar minha reintegração. Não querem que eu continue a investigação determinada pelo Ministério Público", declara, informando ainda que o advogado dele já peticionou ao juiz pedindo para atribuir multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento. "Eu estou trabalhando em local deplorável. Tiraram minha arma e meu colete. Estou há dois meses me humilhando. Porque denunciei tudo ao MP", lamenta.
Em maio, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) abriu inquérito para investigar as denúncias do ex-corregedor, que afirma ter sido exonerado irregularmente do cargo pelo novo inspetor, Marcelo Silva. A promotora de Justiça, Heliete Viana, solicitou informações sobre o caso.
Procurada pela reportagem para saber o posicionamento diante da nova decisão judicial, a assessoria de imprensa da Guarda ainda não se manifestou.
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