Justiça

Lobby de juízes impediu CNJ de pôr fim à farra das verbas milionárias

Publicado em 15/01/2012, às 11h58   Redação Bocão News



Puseram abaixo a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de editar resolução para pôr um fim na farra de desembolsos milionários à toga, o lobby de associações de magistrados e a pressão dos tribunais, de acordo com a reportagem divulgada pelo Estdão, neste domingo (15).

Sem êxito, pelo menos duas ou três vezes em 2011, o então conselheiro Ives Gandra da Silva Martins Filho levou a plenário uma proposta para disciplinar a liberação de pagamentos de verbas acumuladas. "Eu levei a matéria a plenário e pediram para adiar, eram pedidos de associações de magistrados e de Tribunais de Justiça, alguns presidentes de tribunais me procuraram colocando suas preocupações", relata Gandra Filho à publicação.

Com 52 anos, ele é ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde 1999. E por dois anos exerceu a função de conselheiro do CNJ, entre julho de 2009 e junho de 2011.

De acordo com o jornal, supercontracheques são alvo de uma frente de investigação sem precedentes do CNJ. Aqui e ali magistrados se rebelam à inspeção, alegando que os valores lhes são devidos, por férias não desfrutadas, vencimentos pagos com atraso e outras situações, diz a publicação

Em São Paulo a "turma do milhão" foi descoberta: desembargadores que receberam quantias superiores R$ 1 milhão.

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