Justiça

TJ-BA decide apurar conduta de servidora de Curaçá que chamou policial de macaco

Reprodução
Escrivã em Curaçá, Libania Maria chamou um policial de macaco após reagir à prisão  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 25/09/2020, às 10h25   Yasmin Garrido


FacebookTwitterWhatsApp

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio do corregedor Osvaldo de Almeida Bonfim, das comarcas do interior, decidiu instaurar sindicância para apurar a conduta da servidora de Curaçá, Libania Maria Dias Torres, que chamou um policial de macaco em Salvador. A publicação está disponível no Diário de Justiça Eletrônico desta sexta-feira (25).

De acordo com o corregedor, diante das notícias que circularam na imprensa sobre o ocorrido, a conduta atribuída à escrivã do TJ-BA implica em “procedimento público incorreto”. Osvaldo Bonfim designou o juiz Paulo Ney de Araújo para presidir a sindicância, que tem prazo de 30 dias para a conclusão.

Repercussão do caso
A servidora do TJ-BA é filiada ao PT em Curaçá, o que levou o presidente municipal da sigla a se manifestar sobre o caso. De acordo com Júlio Cezar Lopes, em primeira nota divulgada à imprensa, não houve injúria racial, mas, sim, a reprodução de uma cultura local em que os policiais são chamados de macaco.

Após a repercussão negativa da nota, o diretório do PT em Curaçá elaborou outro documento em que o presidente pede desculpas pelo posicionamento anterior. O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores na Bahia (PT-BA) repudiou a fala do presidente da sigla de Curaçá, nesta quinta-feira (24), e disse se tratar de uma atitude inadmissível.

O governador Rui Costa (PT) também repudiou o episódio e disse que condena “qualquer fala, de qualquer que seja, de ofensa a outra pessoa”. Ainda segundo ele, “não podemos desqualificar pessoas com comparações esdrúxulas, racistas e preconceituosas”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp