Justiça
Publicado em 07/10/2020, às 22h40 Redação BNews
A divulgação de informações distorcidas no Brasil fez mais uma vítima. Desta vez, foi a juíza do Tribunal de Justiça (TJ-BA) Mariana Teixeira. Ela decidiu gravar um vídeo extrovertido sobre como seria o retorno ao atendimento presencial na capital baiana, a gravação viralizou e foi mal interpretada, já que a magistrada não foi procurada para dar a sua versão do caso.
Na filmagem, que era direcionada apenas para a sua turma de trabalho, ela aparece girando e explicando que as pessoas deverão manter uma distância mínima de quatro metros e utilizar mecanismos de proteção individual, a fim de evitar a disseminação do coronavírus durante as audiências e outras atividades jurídicas.
A exposição gerou muitas críticas e a juíza, que trabalha há mais de 22 anos na área, divulgou um texto se defendendo. “Meus giros intermináveis foram uma brincadeira leve para motivar o grupo, considerando esse retorno ao trabalho tão cheio de incertezas. Não foi um ato de protesto contra o retorno ou medidas adotadas, não tem viés ideológico, principalmente, não desmerece a dor das milhares de pessoas que perderam entes queridos, que adoeceram, ainda estão convalescendo ou se sentindo vulneráveis. Do mesmo modo, não apequena o desespero dos que perderam emprego, ou viram malograr sonhos”, esclareceu a magistrada.
Ela contou que pensou em explicar os quatro metros de distanciamento com os braços esticados e rodando, tentando imaginar que todos estariam “naquele abraço apertado” imaginário. “Um dia vamos poder usar a rede para espalhar amor e respeito... Difundir, ampliar... Propagar para que estejam aí, aqui, acolá. Oxalá, estejam em todo o lugar! Antes, porém, para que circulem em toda a direção, penso que o bem haverá de habitar cada coração. Como disse Faulkner, ao receber o Nobel de Literatura, ‘me recuso a desistir da humanidade’. Também eu, e, tenho certeza, também você”, destacou a juíza.
Leia o posicionamento completo da magistrada no final da matéria.
Olá! Meu nome é Mariana.
Sou a pessoa que gira.
Juíza de Direito é a função que exerço há mais de 22 anos, com muito amor, dedicação e respeito, mas quero acreditar que ainda exista mais em mim, para além da atividade exercida.
Aprendi a lição.
No vídeo explico para minha turma de trabalho sobre o retorno ( grupo pequeno). Foi uma maneira de tentar ser leve , motivar e explicar a questão do distanciamento de uma maneira mais simples.
Um Nano grupo... Sabemos todos que várias são as regras e as preocupações com o retorno. Tem a onda que não se sabe se já se foi, a onda que pode ficar, ou partir, para que outra onda possa chegar.
É um desconhecido vai e vem hipotético que cria muita insegurança.
Meus giros intermináveis foram uma brincadeira leve para motivar o grupo considerando esse retorno ao trabalho tão cheio de incertezas.
Não foi um ato de protesto contra o retorno ou medidas adotadas, não tem viés ideológico, principalmente, não desmerece a dor das milhares de pessoas que perderam entes queridos, que adoeceram, ainda estão convalescendo ou se sentindo vulneráveis. Do mesmo modo, não apequena o desespero dos que perderam emprego, ou viram malograr sonhos...
Pensei, quase poeticamente (adoro poesia), que explicar 4m2, era pensar nos braços bem esticados e então...rotação... Imaginação de a todos ter naquele abraço apertado, por hora ainda imaginado. Pois ainda é preciso cuidar e ter cuidado.
Um dia vamos poder usar a rede para espalhar amor e respeito... Difundir, ampliar... Propagar para que estejam aí, aqui, acolá. Oxalá, estejam em todo o lugar!
Antes, porém, para que circulem em toda a direção, penso que o bem haverá de habitar cada coração.
Como disse Faulkner, ao receber o Nobel de Literatura, "me recuso a desistir da humanidade”. Também eu, e, tenho certeza, também você.
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