Justiça

“Meu filho não é traficante”, diz pai de jovem preso acusado de participação nas mortes de tio e sobrinho

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Preso há 60 dias, Victor Juan Caetano Almeida está sendo acusado pela Justiça de homicídio qualificado e cárcere privado no caso Atakarejo  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ RecordTV Itapoan

Publicado em 15/07/2021, às 16h52   Redação BNews


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Preso há 60 dias, Victor Juan Caetano Almeida está sendo acusado pela Justiça de homicídio qualificado e cárcere privado no caso Atakarejo. De acordo com investigações policiais e com a denúncia do Ministério Público da Bahia, o jovem teria participado das mortes Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva, ocorridas no último dia 26 de abril após tentativa de furto de carnes no supermercado.

Ricardo, pai de Victor Juan, garante que o filho não é traficante e não participou da execução das vítimas. Em entrevista ao Balanço Geral nesta quinta-feira (15), ele disse que o rapaz estava em casa com ele, a namorada e o irmão e foi ver o que estava acontecendo no mercado quando ouviu os gritos de “pega ladrão”.

“É muito difícil pra mim que sou pai saber que meu filho está preso e sendo acusado de ser traficante. Meu filho não é traficante, eu conheço o meu filho, todo mundo aqui conhece o meu filho. Moramos colado com o Atakarejo. Ele pode ter errado no calor da emoção ao correr atrás quando ouviu os gritos. Agora está pagando o preço por essa inconsequência dele. É um menino de apenas 21 anos”, disse Ricardo.

O advogado de Victor Juan, Marcus Rodrigues, afirmou que o seu cliente está há 60 dias pagando por “uma cegueira deliberada do Ministério Público, que está denunciando pessoas inocentes”. Ele classificou a denúncia do MP-BA como inútil, pois “não teve nenhuma base” e ainda pode contribuir para colocar o jovem atrás das grades por 12 a 30 anos.

“Nenhuma das pessoas ouvidas trouxe elementos precisos para comprovar que Victor Juan participou da empreitada criminosa. Não há indícios de autoria nem materialidade, não há prova cabal para acusar meu cliente. Ele tem família, residência fixa, nunca entrou numa delegacia nem como vítima, está matriculado em escola. Estes são elementos que o colocariam para responder em liberdade. Foi uma prisão prematura”, acrescentou o advogado.

Classificação Indicativa: 10 anos

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