Justiça
Publicado em 28/07/2021, às 15h54 Redação BNews
O Conselho Tutelar foi acionado para intervir na disputa pela menina de nove anos que foi encontrada nesta quarta-feira (28) após ficar 27 dias andando pelas ruas de Salvador ao lado da mãe. A mulher, que tem esquizofrenia, pegou a criança da casa da avó, em Lauro de Freitas, e disse que iria sair para comprar doces, mas não retornou.
Verônica Almeida Gama e a filha foram localizadas por policiais militares próximo ao Largo das Baianas, em Amaralina. Ao serem abordadas, a mãe pediu que fossem deixadas na rodoviária. No entanto, as guarnições as levaram para a 12ª CIPM, no Rio Vermelho.
No local, Verônica e a mãe, dona Vera Lúcia, não entraram em consenso sobre quem teria a guarda da menina, mesmo a idosa alegando que possuía documentos que comprovavam que a Vara da Infância de Vitória da Conquista tinha lhe dado a guarda provisória.
A criança chegou a dizer à equipe do Balanço Geral que não queria voltar para a casa da avó, pois seria vítima de agressões, o que dona Vera nega. “Minha filha cria histórias na cabeça dela e talvez me veja como uma ameaça. Minha neta se acostumou nessa vida de andarilha, de nômade. Na minha casa, estava tendo dificuldade de se adaptar à rotina. Eu não sei como está a cabecinha dela, o que a mãe falou para ela [...] Nunca bati nela, nem em meus filhos”, garantiu a idosa.
Ela acrescentou que a menina não tem uma “referência de lar”, está atrasada no desenvolvimento intelectual e não sabia coisas básicas, como se limpar ou escovar os dentes. “Sou a megera porque quero educar e impor a disciplina”, destacou dona Vera.
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