A lentidão da Justiça é um problema que afeta todo o Brasil, mas na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, a situação é um pouco pior do que no restante do país. Há mais de um ano, a comarca local não tem um juiz e processos se acumulam às pilhas no Fórum Augusto Teixeira de Freitas. Por enquanto, nada indica que poderá haver melhorias.
A vara sem titular é a Cível, a mais solicitada de todas. Há uma juíza titular na Vara Crime, Janaína Braga. Entretanto, ela está de licença médica e, além de trabalhar no local, também é responsável por substituir um colega juiz em outra cidade, o que já diminui sua atuação localmente. A situação fez com que os advogados que trabalham no município apelarem para os mais diversos órgãos.
Originalmente, os juristas se uniram para fazer uma avaliação do Poder Judiciário na cidade e produziram um relatório. O “Triste Comarca de Cachoeira” foi entregue à Corregedoria de Justiça do Interior, que prometeu levar as demandas ao Tribunal de Justiça, mas até agora não há respostas. Sem representação da Ordem dos Advogados do Brasil na cidade, a situação fica ainda mais difícil.
O caminho agora foi levar as reclamações ao Conselho Nacional de Justiça. Com a paralisação involuntária da Justiça local, os advogados contabilizam cerca de 4 mil processos pendentes. A maioria necessita de despacho e sentença. O problema causa descrédito da população nos profissionais do Direito, que afirmam não poder fazer nada para acelerar situações diante da falta da figura central do processo. Com informações do A Tarde.
