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Justiça arquiva ação de Marcelo Guimarães Filho contra intervenção no Bahia

Imagem Justiça arquiva ação de Marcelo Guimarães Filho contra intervenção no Bahia
Apesar da decisão da desembargadora, Marcelinho pode recorrer ao STF  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/10/2013, às 06h28   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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A ação interposta pelo ex-presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, contra o processo de intervenção foi arquivada de acordo com decisão da desembargadora Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos. Além disso, todos os recursos usados pela defesa do ex-presidente, que agora se lança novamente na política, também serão arquivados. Com o pedido de desistência referente ao recurso de apelação, a desembargadora concluiu que não há mais pretextos para novas decisões ou discussões no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Porém, a ação não transitou em julgado e cabe recurso. Marcelinho pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.


Em recente entrevista ao Bocão News, MGF disse as insistentes declarações da nova diretoria de que o clube deve tanto dinheiro que estaria quase falido são uma grande “falácia”. Ele acredita que o discurso se sustenta porque os atuais gestores não estão preparados para assumir os desafios e preferem lhe imputar a culpa de uma situação que não desejam assumir integralmente em prol do clube. Além disto, defende sua gestão e diz que, além de não dever tanto dinheiro assim, o Bahia ainda tem voluptuosas somas financeiras a receber pelos próximos anos.
“Quando eu assumi o Bahia ele estava na 3ª divisão, o orçamento anual era de R$ 9 milhões e tinha seis meses de salários atrasados. E eu não disse que o clube estava falido. Eu entrei lá para resolver o problema. Transformei um orçamento de R$ 9 mi em R$ 70 mi. Quem está lá à frente de clube hoje tem agora um contrato de mais quatro anos e com os dois primeiros com R$ 30 mi e os outros dois seguintes com R$ 50 milhões. Então somando isso são R$ 160 milhões que o Bahia tem a receber de contrato seguro”, defendeu.
MGF considera que o Bahia não pode ser taxado como falido porque, se o fosse, outros grandes clubes como Fluminense e Flamengo também o estariam dado o nível de comprometimento financeiro que cometem. Portanto, as argumentações dos atuais administradores são "uma tentativa de se esquivar da responsabilidade” de gerir o clube baiano de maior torcida do Brasil. O deputado clama seus sucessores a se espelharem no seu próprio exemplo ao assumir o Tricolor anos atrás.
“Eu não fiquei reclamando. Eu fui lá e resolvi o problema. Então as pessoas que estão lá têm que parar de reclamar e parar de jogar a culpa em mim. Eu estou afastado do clube desde o dia 7 de julho. Óbvio que o clube não deve os R$ 80 milhões que dizem. É uma falácia isso, eu refuto veementemente”, afastou. O ex-presidente afirmou ainda que, para ele, o Bahia agora é um assunto de Justiça e que confia que, no final do processo, ficará com a razão. 

Novo comando

Após a intervenção feita pelo advogado Carlos Rátis, o Esporte Clube Bahia concretizou um momento histórico para o futebol brasileiro e elegeu no dia 7 de setembro o novo presidente do clube, o advogado e político Fernando Schmidt. Com a chapa Diga sim a um novo Bahia, Schmidt estava entre os favoritos na disputa com os adversários Antonio Tillemont e Rui Cordeiro.

Publicada no dia 05 de outubro de 2013, às 06h48

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