Justiça

Desembargador baiano que deu liberdade a fundador do BDM é aposentado compulsoriamente

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Desembargador completou 75 anos e foi aposentado compulsoriamente  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Matheus Simoni

por Matheus Simoni

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Publicado em 25/11/2024, às 10h25



Alvo de investigações da Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o desembargador Luiz Fernando Lima foi aposentado compulsoriamente nesta segunda-feira (25), após completar 75 anos. A decisão foi publicada no Diário Oficial de Justiça.

Ele ganhou destaque no ano passado após conceder o benefício de prisão domiciliar para Ednaldo Freire Ferreira, o "Dadá", apontado como fundador da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM). A decisão chegou a ser revogada no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), após recurso do Ministério Público da Bahia (MP-BA), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).

Decisão
Decisão publicada no Diário Oficial de Justiça

No entanto, já era tarde demais, já que Dadá havia sido liberado do presídio de segurança máxima onde estava cumprindo a pena no Estado de Pernambuco e não foi mais encontrado. Luiz Fernando Lima foi afastado do cargo em outubro do ano passado por conta do caso, após decisão unânime do CNJ.

Na época, o pedido para que o traficante cumprisse a prisão de forma domiciliar foi inicialmente solicitado a Justiça Pernambucana, porém, ela se julgou incompetente para proferir a decisão. Na Bahia, o pedido foi aceito.

De acordo com o jornal A Tarde, o argumento utilizado foi que Dadá é pai de um menor “portador do TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO NÍVEL 3 (CID F84.0) e completamente dependente da figura paterna”. Segundo a reportagem, no entanto, não foi a primeira vez que o acusado usou esse argumento para escapar da prisão. Em setembro de 2022, quando se encontrava preso em um complexo presidiário na Bahia, a defesa dele solicitou e sua prisão foi convertida domiciliar, porém, ele aproveitou o benefício para escapar. Dadá segue foragido da Justiça. 

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