Justiça

Foragida, dona de pousada de luxo investigada por sequestro há 20 anos tem prisão decretada

Imagem Foragida, dona de pousada de luxo investigada por sequestro há 20 anos tem prisão decretada
Ela e o marido (morto neste ano) participaram de um sequestro em 2001  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/03/2022, às 19h39 - Atualizado às 21h20   Redação


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A Justiça determinou, neste sábado (5), a prisão da empresária Shirley da Silva Figueredo, dona de pousadas de luxo na Praia dos Garcês, no município de Jaguaripe, no Recôncavo Baiano, e investigada pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro cometidos em 2001 contra uma pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Shirley cumpre pena no regime semiaberto, em prisão domiciliar, e no momento está foragida.

De acordo com a decisão, obtida pelo BNews, o juiz titular Almir Pereira de Jesus, da 1ª Vara de Execuções Penais de Salvador, atendeu um pedido de liminar feito pelo delegado Rafael Magalhães e suspendeu “cautelarmente o atual regime de cumprimento da pena da sentenciada Shirley da Silva Figueredo, procedendo provisoriamente a sua transferência para o regime fechado, com o seu imediato encaminhamento ao estabelecimento penal adequado, após a sua captura, com comunicação a este Juízo”.

O marido de Shirley, o empresário Leandro Silva Troesch, foi encontrado morto no último dia 25 de fevereiro deste ano. De acordo com a Polícia Militar, Leandro estava caído e com o ferimento provocado por tiro dentro da pousada do casal, a Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no Recôncavo Baiano. A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte do empresário.

No processo, o empresário foi citado como o condutor do carro e a pessoa que efetuou os saques bancários, enquanto Shirley foi a responsável por buscar o pagamento do resgate. Antes da prisão, ocorrida em fevereiro do ano passado, o casal seguia administrando o negócio e se exibindo em redes sociais mesmo com mandados de prisão em aberto desde 2018. Eles só foram detidos após o relator do processo, o juiz substituto de 2º grau Humberto Nogueira, determinar a aplicação da lei penal, que até então não havia sido observada.

Segundo o processo, o casal participou de um sequestro em 2001, quando chegou a ser preso em flagrante. No ano seguinte, eles foram beneficiados com a liberdade provisória. Em 2010, a Justiça condenou Leandro e Shirley a mais de 15 e 13 anos respectivamente, mas suas penas foram alteradas para 12 e 9 anos após apelação em segunda instância julgada em 2018.

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