Justiça

Juíza na Bahia, mulher enfrentou rejeição em empregos por preconceito: “Cara de pobre”

Reprodução/Site Conselho Nacional de Justiça
A juíza, identificada como Antônia Marina Aparecida de Paula Faleiros, está no cargo há 18 anos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Site Conselho Nacional de Justiça

Publicado em 12/01/2023, às 12h50   Cadastrado por Pedro Moraes


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Uma juíza, de 60 anos, precisou enfrentar vários casos de preconceito até conseguir chegar no status que, para muitos, é considerado de elite. Identificada como Antônia Marina Aparecida de Paula Faleiros, a mulher já ocupa o cargo há 18 anos. Natural de Serra Azul de Minas, no estado de Minas Gerais, a vítima relatou, em entrevista ao portal Uol, como aconteceu o primeiro caso de "desigualdade social”. 

“Ela dizia que quem tem a cama feita pode ser mais ou menos, quem não tem precisa ser muito bom. Foi minha primeira lição sobre a desigualdade brasileira”, aponta.

Formada no ensino médio, aos 17 anos, ela apresentou candidatura a uma vaga dentro de um banco privado. Durante o processo de seleção, a jovem Antônia teve que realizar uma prova e percebeu que teve um bom desempenho no teste. Apesar disso, ela descobriu que a prova não foi corrigida por uma questão preocupante: preconceito. 

“De onde eu venho, levo uma lição de disciplina, coragem, determinação, de não desistir. É ilusão achar que todos estão no mesmo patamar de concorrência aos postos de poder. Meritocracia é uma ilusão em diferentes níveis do discurso” declarou.

Em função dos primeiros obstáculos na vida pessoal e profissional, Antônia decidiu mudar de estado e passou a morar em Belo Horizonte. Durante sua estadia em solo mineiro, onde trabalhou como empregada doméstica, a juíza decidiu fazer concursos públicos, aos 22 anos, após receber várias rejeições.

“Com as ferramentas que tiver em mãos, você conseguirá fazer a sua mudança. Não se compare com outros, comparação só existe quando duas pessoas saem do mesmo ponto de partida. Como isso não acontece, dentro das suas possibilidades, seja você a senhora do seu destino” acrescentou a juíza, ainda conforme a publicação.

Hoje ela atua como juíza em uma comarca do estado da Bahia.

Classificação Indicativa: Livre

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