Justiça

Prisão de Tacla Duran foi ordenada por desembargador pai de sócio de Moro

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Juiz da 13ª Vara Federal em Curitiba tinha revogado mandado de prisão  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução

Publicado em 13/04/2023, às 22h28   Agência Brasil


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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, decidiu hoje (13) restabelecer a ordem de prisão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu pelo crime de lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato. 

Ao analisar um recurso do Ministério Público Federal (MPF) contra a decisão do juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, que revogou o mandado de prisão, os desembargadores entenderam que o magistrado não poderia ter tomado a medida em função de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que havia determinado a suspensão do processo contra Duran, que vive na Espanha e tem dupla cidadania. 

O desembargador responsável por mandar prender Tacla Duran é pai de um dos sócios do senador Sergio Moro (União-PR) em um escritório de advocacia. Marcelo Malucelli, desembargador do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4º Região), é pai do advogado João Eduardo Barreto Malucelli, sócio de Moro no escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados.

No mês passado, durante audiência com Eduardo Appio, Tacla Duran disse que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu. 

Duran disse que foi procurado por uma pessoa que atuou como cabo eleitoral da campanha de Moro e um advogado ligado à esposa dele, Rosangela Moro, que teria oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações. 

A partir das menções, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo, tribunal responsável pela análise de questões envolvendo parlamentares com foro privilegiado. 

Após a divulgação do depoimento, o senador Sérgio Moro (União-PR) disse que não teme qualquer investigação. 

“Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou”, rebateu. 

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