Justiça

Marido de grávida questionou anestesista sobre sedação durante parto: 'Ela vai dormir por quê?'

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O marido de uma das grávidas que passaram por uma cesárea no domingo (10), questionou o anestesista durante o parto da esposa.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 15/07/2022, às 12h12   Redação Bnews


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O marido de uma das grávidas que passaram por uma cesárea no domingo (10) no Hospital da Mulher em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, questionou o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, durante o parto da esposa.

Segundo a delegada Barbará Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, que investiga o especialista, o homem perguntou o motivo para os sedativos dados para a mulher dormir. Bezerra foi preso em flagrante no domingo pelo estupro de uma paciente. O crime foi flagrado num vídeo feito por enfermeiras.

Ele fala que ficou na sala até o nascimento dos filhos e, nesse momento, o Giovanni disse que ela iria dormir um pouco. Nesse momento ele questiona por que ela iria dormir. “Ela vai dormir por quê? Ela estava falando comigo há pouco”. Mas, o médico disse que era padrão. Então, ele se mantém no corredor, já que ele conhece muito de seus direitos. Mas, em seguida ele desce para a enfermaria. Só na segunda que ele vê o que aconteceu e disse que “realmente estava desconfiando de alguma coisa estranha” explicou Lomba, nesta quinta-feira (14).

A primeira mulher a dar à luz no hospital no domingo chegou na delegacia pouco depois das 17h30. Em seguida, uma outra mulher, com a criança nascida na unidade, chegou na especializada. A vítima que foi filmada deve ser ouvida de forma mais discreta. O menino que nasceu no domingo é seu segundo filho.

A delegada Bárbara Lomba, afirmou nesta quinta-feira (14) que não descarta pedir na Justiça que o anestesista seja obrigado a fazer um exame de HIV. Bárbara informou que a mulher que foi estuprada durante o parto e que teve o crime gravado tomou um coquetel anti-HIV no domingo, seguindo o protoloco para os casos de violência sexual. Ela foi liberada para amamentar o bebê nesta quinta-feira.

“Tudo pode ser requerido judicialmente. Essas medidas invasivas podem ser pedidas desde que justificadas para que se configure um possível crime. Claro, diante da possibilidade de um outro possível crime, que seria a transmissão de moléstia, poderia haver essa possibilidade. Só que nós temos como testar as vítimas. Me parece que esses profissionais de saúde têm que ser cadastrados caso eles tenham alguma doença. Eu vou buscar esta informação. Vamos por partes. Tem que se estudar um pouquinho, mas eu não descarto o pedido (do exame de HIV). ”

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